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Igreja não deve ter "medo de desafios"

25 mar, 2017 - 11:14

Francisco acredita que os desafios ajudam a que a fé não se torne ideológica, durante a visita pastoral a Milão.

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Papa diz que a Igreja não deve ter medo de desafios
Papa diz que a Igreja não deve ter medo de desafios

O Papa Francisco disse este sábado em Milão, Itália, que a Igreja tem de enfrentar os desafios actuais e que não se deve fechar sobre si mesma.

“Não devemos ter medo dos desafios e ainda bem que é assim. Tantas vezes nos lamentamos desta época e dos seus desafios. Não há que ter medo: os desafios enfrentam-se, como um boi pelos cornos”, afirmou Francisco no centro de Milão durante um encontro com um grupo de sacerdotes e consagrados na catedral da cidade.

Para o Papa, os desafios são um “sinal de uma fé e de uma comunidade vivas, que têm sempre os olhos e o coração abertos.”

“Devemos sim ter medo de uma fé sem desafios, que se considera completa, como se já tivesse tudo dito e feito. Os desafios ajudam a que a nossa fé não se torne ideológica”, acrescenta.

Visita a um bairro social

Papa visita bairro social em Milão
Papa visita bairro social em Milão

O Papa Francisco começou a visita pastoral a Milão entrando no Bairro Forlanini - Casas Brancas - um bairro social da periferia de Milão. Acolhido por uma grande multidão entusiasta, o Papa deteve-se, sobretudo, junto dos doentes, dos idosos e das crianças.

Francisco entrou em três apartamentos para visitar as famílias - um casal, em que o marido está acamado há vários anos, um outro onde vive um casal de idosos e um terceiro apartamento com uma família muçulmana de Marrocos.

Neste bairro, o Papa saudou a população agradecendo o caloroso acolhimento e rezou uma breve oração à Virgem Maria. No final da visita, ainda saudou os representantes de famílias ciganas e de imigrantes que habitam neste bairro.

Francisco recebeu como presentes uma estola, “símbolo tipicamente sacerdotal”, e uma imagem de Nossa Senhora.

Numa reflexão sobre esta última oferta, o Papa evocou a “solicitude” da Virgem Maria, que apresentou como um sinal da “solicitude da Igreja que não fica no centro, à espera, mas vai ao encontro de todos, nas periferias, vai ao encontro também dos não cristãos, dos não crentes”.

A breve intervenção sublinhou o facto desta imagem ter sido restaurada, “como a Igreja tem sempre necessidade de ser restaurada”, porque é feita de “pecadores” que precisam da misericórdia de Deus.

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