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"Não há milagres nem habilidades" na redução do défice, diz Centeno

24 mar, 2017 - 15:05

O INE divulgou, esta sexta-feira, que o défice orçamental do conjunto de 2016 ficou em 2,1% do PIB, abaixo da meta de 2,5% definida com Bruxelas.

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O ministro das Finanças disse, esta sexta-feira, que "não há milagres, nem habilidades" no apuramento do valor do défice de 2,1% em 2016.

"Não há milagres nem habilidades, mas um trabalho muito, muito intenso de toda a Administração Pública neste resultado", afirmou Mário Centeno em conferência de imprensa, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado que o défice orçamental do conjunto de 2016 ficou em 2,1% do PIB, abaixo da meta de 2,5% definida com Bruxelas para o encerramento do PDE.

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O ministro das Finanças disse ainda que o orçamento foi cumprido "com um enormíssimo rigor", melhorando a situação nas escolas (em Setembro todos os professores estavam colocados), na saúde, na Segurança Social. Há um aumento do excedente da Segurança Social num ano em que existe um aumento na protecção social muito significativo".

"Nada disto se faz sem esse rigor e sem esse trabalho conjunto", considerou Centeno.

“Portugal sairá finalmente do procedimento, comprovado que [o défice] está ao alcance das metas pelas estabelecidas pela Comissão Europeia”, afirmou ainda Mário Centeno, antevendo que, nos próximos anos, o défice português “permanecerá de forma sustentada e consistente abaixo, claramente abaixo”, dos 3%, que é exigido pelas regras europeias.

“O Governo fez tudo o que se comprometeu para atingir resultados que colocam o saldo orçamental claramente abaixo de 3%”, afirmou o governante.

Mário Centeno salientou também que “todas as projecções que existem, incluindo as da Comissão Europeia, mostram que esse défice permanecerá sustentadamente abaixo de 3% e, inclusive abaixo de 2,0%” nos próximos anos.

Questionado sobre possíveis impactos no défice da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Mário Centeno admitiu que “é verdade que há impactos que ainda não estão avaliados, por exemplo o investimento na CGD”, referindo que a situação continua em avaliação pelo INE e pelo Eurostat.

No entanto, defendeu que o défice é “o indicador de sustentabilidade mais importante e mais relevante para o país e para a condução da política orçamental”.

Comentários
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  • Centruques
    26 mar, 2017 Lagos 10:28
    O Salazar era mais humilde! Em 1928, quando Salazar operou uma reviravolta nas contas públicas o resultado foi "UM MILAGRE FINANCEIRO". Não sou eu que o digo, está publicado em livros! Lá porque o Sr Centeno é do PS os milagres continuam. Mas afinal o que é o défice? O défice é um brinquedo para enganar o Zé povinho. O que eu sei é que a dívida não pára de aumentar. Estamos igual a 2011! Tanto faz o valor desse tal défice. Um dia destes faz PUM!
  • Pinto
    24 mar, 2017 Custoias 23:15
    Portugal foi grande entusiasta da adesão ao euro. " Tu serás euro e sobre ti construirei a Europa", disse na cimeira que baptizou a divisa o então primeiro ministro António Guterres. Mas em vez de cumprir o sonho , o euro criou um novo muro, entre os ricos do Norte e os mais pobres do Sul. Desde a adesão , o PIB português tem roçado 0%, Portugal entrou como se fosse uma festa, os juros baixos permitiram um endividamento sem precedentes do Estado, empresas e famílias. A banca afundou-se em negócios especulativos, entramos mal, nem sequer estávamos preparados. Todos pensavam que iríamos ficar equiparados em matéria de direitos laborais e sociais, enganaram-se redondamente, ficamos mais pobres e com mais desigualdades, apenas uma elite privilegiada está num patamar equivalente aos do Norte. Este país tem uma dívida impagável feita por gente sem escrúpulos e com interesses na economia privada, a riqueza privada colocada nos offshores e a enorme quantia de rendimento não taxado que ela produz, tem neste país resultados nefastos. Assim a classe média já não consegue respirar livremente, tem de pagar as corrupções e fraudes feitas por homens sem vergonha que percorrem o mundo da política da banca e da economia empresarial.
  • Antonio Almeida
    24 mar, 2017 V.N. de Gaia 18:42
    Sr .Centeno tenha mais respeito pelos portugueses.
  • graciano
    24 mar, 2017 alemanha 17:52
    sera que ainda ha mais f16 para vender gracas a este governo o pais exportou mais castanha porque os deputados andaram a apanhar castanhas o pais exportou mais vinho porque o 1 ministro andou a dar a volta ao mundo a vender vinho o pais exportou mais calcado porque o 1 ministro o foi vender a china e a india se o pais exportou mais devese agradecer aos privados que produziram e exportaram e nao ao governo que o que fez foi aumentar impostos vender os f16 nao pagar o que devia pagar como e o caso do 13 mes que devia pagar em novenbro de 2016 e so vai pagar em novembro de 2017 se houver dinheiro o arroz o azeite o acucar a agua eletrecidade e todos os bens necessarios a vida aumentaram o povo esta pior do que em 2015 peguem uma factura do supermecado de 2015 peguem uma factura de 2016 e vejam se estamos melhor ou pior promessas e mentiras politica eleitoral e a unica coisa que este governo tem feito --em que e que o governo cortou as despesas nada-- o 1 ministro anda a dar a volta ao mundo a custa do povo mas para a esquerda esta tudo uma maravilha e se algo esta mal la estao eles a dizer a culpa e do governo anterior esquecendo que o governo anterior pegou no pais na banca rota criada pelo ps e que foi gracas ao governo anterior e ao sacrificio do povo que o pais saiu da situacao em que se encontrava esquecem se que no tempo do socrates ja nem acucar havia e o costa sabe bem que fazia parte desse governo do ps um dia o povo abrira os olhos mas sera tarde demais
  • Eborense
    24 mar, 2017 Évora 17:35
    "Não há milagres nem habilidades, mas um trabalho muito, muito intenso de toda a Administração Pública neste resultado". Principalmente aqueles que nos hospitais queriam gaze e não tinham, que em vários serviços públicos queriam papel higiénico e não havia, etc.etc. Tem toda a razão Sr. Ministro
  • André Souza
    24 mar, 2017 Alverca 17:10
    Esperemos que suas palavras não sejam como as do Teixeira dos Santos!
  • PROPAGANDA
    24 mar, 2017 Lx 16:35
    Espero que para o ano a geringonça não estrague tudo pois não vai poder haver aumento de impostos directos ou indirectos pois a rapaziada já está exangue, perdão fiscal não vai haver, cativações não vão poder existir mais pois, caso contrário, tudo colapsa, o investimento público tem que subir pois está a níveis dos anos 60/70... Pior que tudo é a dívida pública que sobe a bom subir, a taxa de juro da dívida que já vai acima dos 4, 19% a 10 anos e o BCE vai deixar de amparar os países com tanto dinheiro e vamos assistir ao aumento das taxas de juro... Lamentavelmente este governo não faz nem fará qualquer reforma do estado pois depende deles eleitoralmente...E assim caminhamos para o abismo com o crescimento anémico, pior do que o de 2015...
  • Aurélio
    24 mar, 2017 Feteiras 15:48
    Parabéns ao governo, sobretudo a Mário Centeno ! E já agora...seria bom não esquecer a acção do Governo Anterior, que lhes deixou o "terreno" preparado e - felizmente - foi bem aproveitado
  • ac
    24 mar, 2017 lx 15:43
    perdão fiscal, cativações, cortes de funcionamento e investimento público como nunca aconteceu desde há vários anos...não são habilidades e milagres? são o quê? Foi feita alguma reforma estrutural a pensar no nosso futuro colectivo , como na segurança social e justiça ? MENTIROSO
  • JULIO
    24 mar, 2017 vila verde 15:40
    E o povo que acredite em politicos

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