24 mar, 2017 - 12:38 • Rosário Silva
As recentes notícias sobre alegadas irregularidades na Cáritas de Lisboa podem ter prejudicado o peditório nacional, admite o cónego Silvestre Marques, director do Departamento Diocesano Sócio-Caritativo da Arquidiocese de Évora.
“Se o objectivo era prejudicar a recolha de donativos para fazer face à acção voluntária, generosa e rigorosa da Igreja, então digo aos senhores que estiveram por trás disto tudo, que foi alcançado porque, de facto, deram uma pancada tremenda na instituição”, declara à Renascença Silvestre Marques.
Na véspera das jornadas Sócio-Caritativas da Arquidiocese de Évora, este responsável lamenta que “uma certa imprensa, informou mal, informou injustamente e informou na base, como se diz hoje para não dizer mentiras, de inverdades”.
As contas ainda não estão feitas, mas este responsável admite uma redução dos contributos. “Mas não falo só do ponto de vista financeiro. Houve aqui uma tentativa, o que é grave, de denegrir a imagem de uma instituição de confiança”, critica.
“É curioso porque a Cáritas continua a ser a porta onde toda a gente vem bater. É a ela que atribuem responsabilidades que em tempos foram da exclusiva competência do Estado e que agora o Estado passa para as instituições. Significa que merecemos confiança”, acrescenta.
Jornadas olham para a família
As jornadas sócio-caritativas e o encontro de centros sociais e paroquiais estão marcados para este sábado, no auditório dos Salesianos, em Évora.
“Família – Foco da acção integrada da Igreja” dá o mote aos trabalhos, que contam com a presença do arcebispo D. José Alves.
“Vamos abordar questões delicadas ao nível da família, como as dependências, a violência e o envelhecimento”, refere o cónego Silvestre Marques.
“Queremos também realçar o nosso trabalho e reafirmar que não nos preocupamos apenas com teorias, estamos no terreno, onde estão as pessoas em sofrimento e resolvemos-lhes os problemas, na hora”, conclui.