Tempo
|
A+ / A-

Português parado pela polícia nos arredores do Parlamento

22 mar, 2017 - 18:20 • Liliana Monteiro

Sérgio Marques estava perto do coração dos ataques desta quarta-feira. Contou à Renascença o que aconteceu.

A+ / A-
Português revistado em Londres. "É o exemplo de como as coisas mudam depois de um acontecimento destes"
Português revistado em Londres. "É o exemplo de como as coisas mudam depois de um acontecimento destes"

Depois dos ataques desta quarta-feira, na zona de Westminster, Sérgio Marques, professor de Educação Física, estava a sair da escola onde dá aulas, no lado oposto ao Parlamento britânico, quando foi parado pela polícia. Ao telefone com a Renascença, descreveu o que lhe aconteceu.

Estava perto da zona dos ataques. O que nos pode contar?

Eu saí da escola e para vir aqui para o treino, que faço depois da escola, passo normalmente por uma esquadra da polícia em que estava muito mais polícia do que o normal. Eu ia a andar mais devagarinho porque pensei em fazer um vídeo ou tirar algumas fotos, mas como estava tanta polícia não fiz nada, nem sequer mexi no telemóvel para não incorrer em nada de ilegal ou que eles pudessem considerar ilegal.

A polícia estranhou?

Como eu ia andar devagarinho devem ter achado que eu estava a observar a esquadra, não sei, e quando ia 10, 20 metros à frente já depois de passar pela esquadra pararam-me.

Fizeram muitas perguntas?

Perguntaram onde é que eu ia, perguntaram-me se podiam revistar a minha mochila, pediram-me morada, telefone, data de nascimento, confirmaram se eu tinha cadastro ou não.

Eu, logicamente, cooperei com a polícia, eles a seguir pediram-me desculpa. Mas isto demorou 10 minutos, perguntaram-me muita coisa. Eu disse-lhes que era professor ali, no final disseram-me que pronto, que isto foi tratado como uma revista da rotina relacionada com o terrorismo que logicamente não ia ficar no cadastro nem nada parecido, mas isto é um exemplo de como as coisas mudam depois de um acontecimento destes.

Os polícias pareceram nervosos? Quantos é que o abordaram?

Primeiro, eram dois; depois, veio o terceiro. No início, até terem a certeza de que eu não era um terrorista, que não tinha intenções de ferir ninguém, que não tinha armas, revistaram-me tudo. No final, foram bastante amigáveis e pediram-me desculpa pelo atraso que me estavam a provocar.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Pinto
    22 mar, 2017 Custoias 20:43
    Com a mistura de raças na Europa tudo pode acontecer, os defensores dos direitos humanos que defendem pessoas inimigas dos cristãos, um dia vão meter a cabeça na areia.
  • otário cá da quinta
    22 mar, 2017 coimbra 18:54
    Eu já por aqui tenho dito e volto a repetir: TERRORISMO, é como um VIRUS, multiplicam-se e creio que só com o tempo poderá ser isolado, mas não liquidado. Eu, sou um LEIGO nestas coisas, mas não considero TERRORISMO uma GUERRA, julgo ser pior que uma guerra e portanto, qualquer louco pode praticar um acto de terror a qualquer momento e em qualquer lado. Imaginem se estes doentes passam a actuar em aldeias, onde nem policiamento há! MAS PERGUNTO, QUAL A RAZÃO QUE LEVA ESTA GENTE A PRATICAR TERROR? Eu, francamente, penso muita coisa e uma delas, talvez seja, as muitas injustiças que os poderosos estão constantemente a praticar, o que leva à revolta destas pessoas, que por azar, já não são normais, MAS OS PODEROSOS TAMBEM O NÃO SÃO. Dificilmente vai haver paz neste planeta, pois nunca houve e nunca haverá.

Destaques V+