22 mar, 2017 - 11:30
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, subscreve o apelo do Governo português para o afastamento de Jeroen Dijsselbloem da presidência do Eurogrupo.
"Eu sobre isso neste momento, em que há valores tão mais importantes do que isso, o que eu poderei dizer é que já foi tudo dito pelo senhor ministro dos Negócios Estrangeiros. E quando ele falou, falou em nome do Estado português. Portanto, como Presidente da República portuguesa, eu não posso senão subscrever o que ele disse", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, esta terça-feira, em Bruxelas, onde está para participar nas cerimónias do primeiro aniversário dos atentados terroristas na capital belga.
"Portugal tomou posição, está tomada", rematou, não querendo alongar-se em mais comentários sobre as declarações do holandês que lidera o Eurogrupo.
Também já esta quarta-feira, o primeiro-ministro português reafirmou que defende o afastamento do presidente do Eurogrupo.
"Numa Europa a sério, o senhor Dijsselbloem já estava demitido neste momento," sublinhou.
Em causa estão as declarações de Jeroen Djisselbloem que, numa entrevista ao jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung", publicada no domingo, afirmou: "Como social-democrata, considero a solidariedade um valor extremamente importante. Mas também temos obrigações. Não se pode gastar todo o dinheiro em mulheres e álcool e, depois, pedir ajuda".