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Organização Meteorológica Mundial prevê um ano quente

22 mar, 2017 - 09:55

O fenómeno climático El Niño fez subir as temperaturas nos primeiros meses de 2016 - um dos anos mais quentes do último século.

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O ano de 2017 será um ano muito quente, mas não deve bater o recorde do ano passado, informou a Organização Meteorológica Mundial, destacando que as alterações climáticas estão na origem do aumento das temperaturas.

Em comunicado e na véspera de mais um Dia Mundial Meteorológico, aquela organização da ONU adianta que este ano não deve bater o recorde de 2016, considerado um dos mais quentes, salientando ainda que ao contrário de anos passados, a mudança climática vai ser responsável pelo aumento das temperaturas e não o fenómeno climático El Niño.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o El Niño e a La Niña estão ligados a condições extremas do clima como cheias e secas em várias partes do mundo. Os especialistas da organização consideram que os efeitos climáticos não devem ocorrer este ano, depois de afectarem as temperaturas por dois anos consecutivos (2015 e 2016).

A porta-voz da agência, Clare Nullis, explicou que “a região do Árctico sofreu por três anos com ondas de calor intenso e não conseguiu voltar a congelar”.

A organização alertou no ano passado que 2016 iria ser o ano mais quente desde que há registos.

O fenómeno climático El Niño fez subir as temperaturas nos primeiros meses do ano de 2016, mas mesmo depois de os seus efeitos se dissiparem, por altura da primavera, as temperaturas mantiveram-se elevadas, segundo a OMM.

Em partes da Rússia árctica, as temperaturas foram 6ºC a 7ºC mais altas que a média, segundo o texto da OMM. Outras regiões árcticas e subárcticas da Rússia, Alasca e noroeste do Canadá foram pelo menos 3ºC acima da média.

A única grande região continental onde a temperatura foi inferior ao normal em 2016 foi a zona subtropical da América do Sul – norte e centro da Argentina e parte do Paraguai e da Bolívia.

A concentração dos principais gases com efeito de estufa na atmosfera atingiu em 2015 e 2016 níveis sem precedentes, atingindo 400 partes por milhão em 2015.

O aumento da ocorrência e impacto de desastres provocados pelas alterações no clima provocam episódios graves de escassez alimentar, migrações em massa e conflitos, advertiu.

A OMM vai lançar na quinta-feira o Atlas Internacional das Nuvens para assinalar o Dia Mundial de Meteorológico, cujo tema este ano é: ‘Compreendendo as nuvens”.

Em Portugal, a efeméride vai ser assinalada na quinta-feira em Lisboa durante o X Simpósio de Meteorologia e Geofísica, que contará com a presença do presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Jorge Miguel Miranda.

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  • Olavo Rasquinho
    01 abr, 2017 Lisboa 23:50
    Esta notícia está baralhada. O X Simpósio de Meteorologia e Geofísica foi organizado pela Associação Portuguesa de Meteorologia e Geofísica (APMG) em 20-22 de março (segunda a quarta-feira) e não teve nada a ver com a celebração do Dia Meteorológico Mundial, comemorado pelo IPMA no dia 23 de março (quinta-feira).

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