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Timorenses já escolhem Presidente da República

19 mar, 2017 - 23:33

São oito os candidatos a suceder a Taur Matan Ruak.

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As 944 mesas de voto instaladas para a eleição do Presidente da República em Timor-Leste abriram às 7h00 de segunda-feira, hora local em Díli, com funcionários e fiscais eleitorais, efectivos policiais e observadores a serem os primeiros a votar.

Num país onde, normalmente, a vida começa bastante cedo, mesmo antes das urnas abrirem às 7h00 (22h00 de domingo em Lisboa) já havia filas de eleitores à espera de votar no primeiro sufrágio organizado pelas autoridades timorenses sem assistência das Nações Unidas.

O processo eleitoral está a ser organizado pelo Secretariado Técnico de Assistência Eleitoral (STAE), com o voto a ser supervisionado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). Os eleitores têm até às 15h00 (6h00 em Lisboa) para escolher entre oito candidatos (José Neves, Amorim Vieira, Antono Maher Lopes, Ângela Freitas, António da Conceição, Francisco Guterres (Lu-Olo), José Luis Guterres e Luis A. Tilman).

Caso nenhum obtenha mais de 50% dos votos terá que se realizar uma segunda volta, marcada para 20 de Abril.

Quem for eleito será o quarto chefe de Estado, depois de Xanana Gusmão (2002-2007), José Ramos-Horta (2007-2012) e Taur Matan Ruak (2012-2017).

O Governo timorense concedeu tolerância de ponto a todos os funcionários públicos no dia da votação e na terça-feira, para que todos possam votar nas suas zonas e depois regressar ao local onde vivem.

Em Timor-Leste, onde podem votar todos os cidadãos com mais de 17 anos, estão registados 743.150 eleitores residentes nos 13 municípios do país, a que se somam os registados nos únicos três centros de votação no estrangeiro: 886 na Austrália (228 em Darwin e 658 em Sydney) e 507 em Lisboa, segundo dados fornecidos à Lusa pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).

Os actos eleitorais deste ano serão os primeiros com votação de timorenses na diáspora, nomeadamente em Portugal e na Austrália, numa iniciativa que o Governo quer alargar no futuro.

As eleições presidenciais deverão ter 944 mesas de voto em 696 centros de votação, o que obrigou à contratação de mais de 10 mil funcionários para acompanhamento eleitoral.

Haverá ainda “votação ambulante” nos seis hospitais do país – o nacional Guido Valadares em Díli e os de referências em Ainaro, Baucau, Bobonaro, Covalima e Oecusse – e nos estabelecimentos prisionais de Gleno e Becora.

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