18 mar, 2017 - 22:35
O lendário músico Chuck Berry morreu este sábado, aos 90 anos, na sua casa no Missouri. A informação foi confirmada pela polícia de St. Charles County na rede social Facebook.
Uma equipa de emergência médica ainda foi chamada à residência do artista, mas já não foi possível salvar um dos pais do rock n roll.
Charles Edward Anderson Berry nasceu a 18 de Outubro de 1926 na cidade de Saint Louis, no Misouri, e começou a tocar guitarra no liceu.
Na adolescência foi preso por tentativa de roubo e passou três anos num centro educativo, depois disso trabalhou durante algum tempo numa fábrica.
A carreira musical começou aos 15 anos, quando tocou uma versão de "Confessin' the Blues", de Jay McShann, numa festa da escola que frequentava.
Na década de 1950, Chuck Berry começou a dedicar-se à música a tempo inteiro. Nessa altura, formou um trio com o baterista Ebby Harding e o teclista Johnnie Johnson.
Em 1957, editou o seu primeiro álbum de originais, "After School Session". O último, "Rock it", data de 1979. Apesar disso, a música de Chuck Berry manteve-se viva noutras décadas, tendo feito parte da banda sonora de filmes como "Regresso ao Futuro" e "Pulp Fiction".
Em 1977, a agência espacial norte-americana NASA enviou para o espaço dois discos com música representativa do que era criado na Terra. Entre as escolhas estava "Johnny B.Goode", de Chuck Berry, a única canção de 'rock and roll' na lista. O músico foi também responsável, entre outros sucessos, por "Sweet Little Sixteen" e "Roll Over Beethoven".
Sobre ele, Stevie Wonder disse ser o "único verdadeiro rei do rock and roll". Já John Lennon defendia que se "se tivesse de dar um outro nome ao 'rock and roll' poder-se-ia chamar-lhe Chuck Berry".
Num livro editado no passado, "But What If We're Wrong?", sobre o que vai permanecer da cultura 'pop' para o futuro, o crítico Chuck Klosterman nomeou Chuck Berry como a derradeira figura do rock: "A figura de Chuck Berry é a mais pura destilação daquilo que entendemos como música rock. As canções que fez são essenciais, mas secundárias em relação a quem ele foi e por que as fez. Ele é a ideia em si".