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​Marcelo diz que prejuízos da Caixa foram "desagravados"

10 mar, 2017 - 19:12

Presidente da República considera a apresentação das contas de 2016 é um factor que contribui para a tranquilidade do banco público.

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O Presidente da República relativiza os prejuízos de quase dois mil milhões de euros registados pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), dizendo que foram "desagravados" face aos três mil milhões anteriormente apresentados junto das instituições europeias.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no final de um seminário, na Reitoria da Universidade de Lisboa, considerou que esta apresentação de contas é um factor que contribui para a tranquilidade do banco público.

Questionado sobre os prejuízos agravados da CGD, o chefe de Estado corrigiu: "Eu diria desagravados, porque o número apresentado à Comissão Europeia e ao Banco Central Europeu era três mil milhões e a recapitalização prevista era em função de três mil milhões".

"A notícia que tivemos hoje é a de que os prejuízos não são três mil milhões, são 1.900 milhões, o que significa que os portugueses terão de entrar com menos dinheiro e que a recapitalização feita pelo Estado será ligeiramente abaixo daquilo que estava previsto", acrescentou.

O Presidente da República reforçou esta mensagem: "Sabendo nós que o panorama que tínhamos no passado não era bom, apesar de tudo, a notícia é a de que os prejuízos apurados são quase metade do que se pensava. Portanto, a recapitalização vai descer um pouco".

Interrogado se considera que faz sentido o parlamento ouvir o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, sobre os prejuízos do banco público, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que "pode acontecer que seja interessante saber por que é que, em vez de ser um prejuízo tão grande como o que se pensava, de três mil milhões, tenha passado para 1.900 milhões".

O chefe de Estado referiu que "o valor de três mil milhões já tinha sido apresentado pela administração anterior e pelo ministro das Finanças".

O PSD anunciou hoje que quer ouvir Mário Centeno e Paulo Macedo com urgência, para prestarem esclarecimentos no parlamento.

"Que fique claro, há aqui um agravamento drástico dos resultados e esse agravamento deve ser explicado a todos os portugueses", justificou o deputado social-democrata Duarte Pacheco.

Nestas declarações aos jornalistas, questionado se espera que a tranquilidade regresse à CGD, o Presidente da República contrapôs: "Já está. Um exemplo de tranquilidade é a apresentação de contas, que têm um prejuízo bastante inferior àquele que se pensava".

Como outros factores de tranquilidade na CGD, Marcelo Rebelo de Sousa indicou "o estar a avançar com um plano de reestruturação, o estar a avançar com um plano de recapitalização, o estar a avançar a primeira fase de emissão".

Comentários
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  • aref
    11 mar, 2017 almada 19:17
    Outro mentiroso como o Costa. Estamos bem servidos com gente deste calibre....
  • João Manuel
    11 mar, 2017 Vila Nova de Gaia 15:04
    Este também diz tudo e o seu contrário
  • Rui Camelo
    11 mar, 2017 Caminha 09:00
    O prof Marcelo ás vezes devia estar calado para não ser intelectualmente desonesto e sempre com a preocupação de nâo colocar mal este PS de costa.Vir dizer que os resultados são menos maus é vergonhoso.Mas quem vai pagar esta deriva de concessão de crédito perdido é o Povo.E então o PS fez o que fez e o prof Marcelo relativiza a situação com esta ligeireza, por favor, não julgue os Portuguese todos burros e mesmo os que todos aqueles que ficam felizes com os beijinhos deviam pensar.Este dinheiro vai sair-lhes do bolso.
  • Joaquim Soares
    11 mar, 2017 Famalicão 00:34
    Diz o Presidente que prejuizos da Caixa foram desagravados!! eu diria vão ser desagravados com a saida de mais de 2 mil trabalhadores e encerramento de 180 balcões, isto é que se chama o investimento publico do governo, deixa-me rir
  • Manuel Simao
    10 mar, 2017 Porto 22:57
    Excelente notícia, Sr. Presidente. Não chegou a €2.000.000,00 de prejuízo.Ai de mim se na minha empresa tiver € 1.000,00 de prejuízo. Sr. Presidente, tenha juízo! Não valorize o prejuízo.
  • Maria Merces
    10 mar, 2017 Santarem 21:11
    Que bom Sr. Presidente. O prejuízo baixou. E foi mérito do Tó Costa e sua geringonça ????? Foi ? Lamentavelmente tudo o que seja para por proteger a geringonça o Sr. Presidente lá está. A imparcialidade está a ficar por baixo. Talvez agora com o Dr. Paulo Macedo , se consiga ver trabalho bem feito e sem acordos escondidos debaixo da mesa, ou sms bem guardados. Confio em quem tem capacidade e sabe separar o trigo do joio. Sr. Presidente, modere a sua "simpatia excessiva" para com o autoproclamado Primeiro Ministro, Antonio Costa. Começa a ser um pouco próprio para um Presidente.
  • jAugustu
    10 mar, 2017 Aveiro 20:57
    É como na praça: "90 euros não são só 10 euros!!!" Pensa que engana o povo, quanto é que já vai a conta dos bes banif bpp bpn etc etc (etc não é um banco, uf!!!), depois de andar agarrado aos coitadinhos a seguir diz isto, é sempre melhor do que estava à espera!!! Tretas!!!
  • VARA GENIAL
    10 mar, 2017 Lx 20:54
    A CGD implodiu pelos grandes administradores que este banco público teve como esse génio da gestão cahmado Vara...CGD está falida...o resto são patranhas dos esquerdelhos a enganar o pagode...Não tirem de lá o dinheiro não e vão ver o que vos acontece...

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