07 mar, 2017 - 00:04 • Elsa Araújo Rodrigues
A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa cancelou uma conferência com Jaime Nogueira Pinto, por “questões de segurança”. À Renascença, o catedrático critica o “espírito tacanho e totalitário” de quem diz defender a liberdade.
O escritor e politólogo garante que não sofreu “ameaça nenhuma” por causa da conferência onde ia falar sobre “Populismo ou Democracia? O Brexit, Trump e Le Pen em debate”.
A conferência agendada para esta terça-feira foi cancelada pela direcção da escola, porque a Associação de Estudantes "decidiu boicotar" o evento.
“A direcção da associação decidiu boicotar a conferência e a direcção da faculdade achou mais prudente não realizar a conferência. Não me incomodava nada porque, primeiro, não recebi ameaças nenhumas e mesmo com ameaças iriam fazer a conferência na mesma”, garante Jaime Nogueira Pinto.
A conferência tinha sido organizada pelo núcleo de alunos da faculdade ligado à associação Nova Portugalidade. A direcção tomou a decisão alegando “questões de segurança”.
Em declarações à Renascença, o professor universitário mostra-se preocupado com os motivos que estiveram na origem do cancelamento da conferência.
“Preocupa-me, de facto, este espírito tacanho e totalitário, por esta gente que normalmente se faz, digamos, os porta-vozes da democracia e da liberdade. Isso é que me preocupa. O resto...”, remata Jaime Nogueira Pinto.