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Brexit com efeitos no futuro da aviação europeia

06 mar, 2017 - 10:23 • André Rodrigues

A EasyJet quer ficar na União Europeia, mesmo depois da separação do Reino Unido. Trata-se de uma importante companhia aérea britânica de baixo custo a operar no mercado europeu.

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Revista de Imprensa de temas europeus 06-03-2017

O Dinheiro Vivo, o suplemento de economia do JN e do Diário de Notícias, conta que – uma vez consumado o divórcio entre a União Europeia e o Reino Unido – a transportadora precisa de um certificado de operação aérea na União Europeia. A easyJet decide em que país vai pedir esse novo certificado. Terá de o fazer até final de Maio. Portugal e Áustria estão entre as escolhas mais prováveis. Se o nosso país for o escolhido, o Dinheiro Vivo explica que a companhia passa a ter uma marca portuguesa, com registo de frota e a sua base em Portugal. Ou seja, operando em território da União Europeia, a EasyJet deixa de ficar à mercê das condições de saída do Reino Unido da União Europeia mas, paradoxalmente, pode vir a bloquear a livre circulação de pessoas e bens de empresas de transporte britânicas em território europeu.

Há sempre quem não se deixe intimidar pelos cenários que se desenham por causa da saída do Reino Unido. De resto, o país continua a ser o preferido pelos jovens portugueses para estudar no estrangeiro. De acordo com o Jornal de Notícias, o programa Study Abroad – traduzido à letra, Estudar no Estrangeiro – colocou os alunos em contacto com mais de 20 instituições de ensino para que encontrem oportunidades que vão desde as propinas financiadas ou gratuitas até à atribuição de bolsas de estudo. E, na sua maioria, os estudantes inclinam-se sobretudo para estudar na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. É um sinal que parece contrariar os receios, por um lado da separação britânica da União Europeia e por outro dos proteccionismos e do ambiente hostil aos imigrantes do lado norte-americano.

Noutro plano, o Banco Central Europeu e o FMI seguram o governador do Banco de Portugal. É uma das histórias com chamada à primeira página do Jornal de Negócios. Carlos Costa está sob pressão política por causa das resoluções do BES e do Banif. De resto, Bloco de Esquerda e PCP alinham no cenário de demissão do governador do Banco de Portugal. O Primeiro-ministro põe água na fervura e, lembra, o governador do Banco de Portugal está sujeito a fiscalização própria do sistema de supervisão europeu. Ora, como se isso não chegasse, o Negócios conta os ataques a Carlos Costa já terão motivado alertas do lado do Banco Central Europeu. E o Fundo Monetário Internacional lembra igualmente que o estatuto de independência que o BCE atribui a Carlos Costa é regularmente verificada. Sendo assim, as duas entidades – Banco Central Europeu e FMI lançam, por assim dizer, - uma rede de protecção a Carlos Costa, numa altura em que a actuação do governador do Banco de Portugal tem sido particularmente criticada por causa dos processos de resolução do BES e do Banif.

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