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Óscares

“La La Land” soma seis, “Moonlight” fica com três, mas é o envelope que vai dar que falar

27 fev, 2017 - 07:17 • Carlos Calaveiras , Catarina Santos

Toda a equipa de produção de "La La Land" estava em palco a agradecer um Óscar que afinal não lhe estava destinado. O momento entrou directamente para os maiores enganos da história dos Óscares. A consultora PwC já pediu desculpas.

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Polémica nos Óscares: Afinal, o melhor filme é "Moonlight"
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O filme “La La Land” venceu seis Óscares, mas todos se vão lembrar do momento em que o actor Warren Beatty não recebeu o envelope correcto e o entregou a Faye Dunaway, que acabou por anunciar erradamente o nome do Melhor Filme. O prémio começou por ser atribuído a “La La Land”, mas, afinal, deveria ter sido anunciado "Moonlight".

Instalou-se a confusão no palco, espalharam-se caras em choque pela sala e Warren Beatty veio tentar justificar o sucedido, contando que achou estranho o envelope dizer "Emma Stone", mas como por baixo constava o nome "La La Land", seguiram em frente com o anúncio.

A consultora PwC já veio pedir desculpas. Dois funcionários da empresa são responsáveis pela entrega dos envelopes às personalidades que os abrem em cima do palco. Para o caso de algo correr mal, existem dois envelopes para cada categoria. Terá sido daí que veio a falha - o envelope suplente do prémio de Melhor Actriz acabou por ir parar ao sítio errado.

Depois de metade da cerimónia sem qualquer estatueta, o musical de Damien Chazelle até tinha começado a ganhar um lanço assinalável, reunindo os Óscares de Realização, Actriz (Emma Stone), Fotografia, Direcção Artística, Banda Sonora e Canção Original. Parecia natural aquele desfecho, mas afinal, das 14 nomeações iniciais, "La La Land" ficou-se mesmo por seis estatuetas.

"Moonlight", além de ter sido eleito o Melhor Filme, conquistou ainda os prémios de Melhor Actor Secundário (Mahershala Ali) e Melhor Argumento Adaptado.

Sem qualquer surpresa, “Vedações” valeu a Viola Davis o Óscar para Melhor Actriz Secundária. Eram também esperados os galardões que tocaram a “Manchester By The Sea” - Melhor Actor (Casey Affleck) e Argumento Original.

“O Herói de Hacksaw Ridge”, que marca o regresso de Mel Gibson à realização, foi distinguido nas categorias de Melhor Montagem e Mistura de Som.

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LISTA COMPLETA DE VENCEDORES:

Melhor filme

“Moonlight”

Melhor realizador

Damien Chazelle (“La La Land: Melodia de Amor”)

Melhor actor

Casey Affleck (“Manchester by the Sea”)

Melhor actriz

Emma Stone (“La La Land: Melodia de Amor”)

Melhor actor secundário

Mahersahala Ali (“Moonlight”)

Melhor actriz secundária

Viola Davis (“Vedações”)


Os melhores actores secundários: Viola Davis e Mahershala Ali
Os melhores actores secundários: Viola Davis e Mahershala Ali

Melhor curta-metragem

“Sing” – Kristof Deák e Anna Udvardy, Hungria

Melhor filme de animação

“Zootrópolis” (Byron Howard, Rich Moore e Clark Spencer)

Melhor curta-metragem de animação

“Piper” (Alan Barillaro e Marc Sondheimer)

Melhor fotografia

“La La Land: Melodia de Amor” – Linus Sandgren

Melhor filme em língua estrangeira

“O Vendedor”, Asghar Farhadi (Irão)

Melhor argumento original

“Manchester By the Sea” (Kenneth Lonergan)

Melhor argumento adaptado

“Moonlight” (Barry Jenkins e Tarell Alvin McCraney)

Melhor documentário

“O. J.: Made in America” (Ezra Edelman e Caroline Waterflow)

Melhor documentário de curta-metragem

“The White Helmets” (Orlando von Einsiedel e Joanna Natasegara)

Melhor guarda-roupa

Collen Atwood (“Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los”)

Melhores efeitos especiais /visuais

“O Livro da Selva” (Robert Legato, Adam Valdez, Andrew R. Jones e Dan Lemmon)

Melhor montagem

“O Herói de Hacksaw Ridge” (John Gilbert)

Melhor caracterização

“Esquadrão Suicida” (Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Cristopher Nelson)

Melhor canção original

“City of Stars” (Filme: “La La Land”, música de Justin Hurwitz e letra de Benj Pasek e Justin Paul)

Melhor direcção artística

“La La Land: Melodia de Amor” (David Wasco, Sandy Reynolds-Wasco)

Melhor banda sonora

“La La Land: Melodia de Amor” - Justin Hurwitz

Melhor montagem / edição de som

“O Primeiro Encontro” (Sylvain Bellemare)

Melhor mistura de som

“O Herói de Hacksaw Ridge” (Kevin O’Connel, Andy Wright, Robert MacKenzie e Peter Grace)

Comentários
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  • VIRIATO
    28 fev, 2017 CONDADO PORTUCALENSE 23:44
    Como diria o fadista João Braga...é a propaganda rácica negra e a propaganda lgbt ou lá o que se chama a essa turma. Já foi um concurso onde se premiou o mérito, a classe e o legado. Hoje é um concurso onde há um desfile de comportamentos selvagens e nada recomendáveis. Mas a comunicação social segue lado a lado com esse planeta cheio de doença e imoralidade. Filmes feito por pretos e para pretos e brancos piores que pretos e ainda a turma do planeta lgbt. Há muitos anos (1984) vi o melhor filme de sempre para mim...o "era uma vez na America" do grande mestre Sergio Leone, foi nomeado para os oscares, mas por questões meramente comerciais e para promover outros, caiu no esquecimento. Mas não caiu no meu e desde essa altura com 16 anos percebi que este concurso só promove o que determinados lobbies querem promover e aí está um festival de maus exemplos de como não se deve promover uma raça ou uma organização extra terrestre. Sinais do stempos...e depois admiram-se que ganhem os Trumps...a seguir é a Le Pen e mais tarde outros virão... e no fim será muito tarde para alguns aliens que levaram a que o mundo ficasse assim. OBRIGADO OTÁRIOS.
  • Alexandre
    27 fev, 2017 Lisboa 08:49
    Será que ainda ninguém percebeu que a noite dos óscares é uma palhaçada e um circo pior que o «chen» ou «cardinalli»? O dia da queima do diabo em Bragança é muito melhor do que a noite dos óscares (uma espécie de festa de decadentes e de muito ricos, sem imaginação e talento). Até mesmo a festa da morte do galo é bem melhor, porque a noite dos óscares já não interessa e porque já perdeu a graça. Hoje, é lixo do lixo.
  • zita
    27 fev, 2017 lisboa 07:55
    Um dia ainda hei-de perceber o porquê de tantos Óscares para um filme tão mau, tão mau, que não o consegui ver, a meio desinteressei-me. São aquelas coisas que só alguns sabem. Já o Lion, um filme que conta uma história verdadeira de pessoas verdadeiras, numa realidade verdadeira que acontece todos os dias na Índia e não só. Este filme sim digno de se ver, que nos prende até ao fim, zero Óscar. Em fim!

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