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​Milhares de russos pedem justiça para líder da oposição assassinado

26 fev, 2017 - 15:53

Boris Nemtsov foi há dois anos junto ao Kremlin.

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Milhares de pessoas manifestaram-se este domingo, em Moscovo, para homenagear Boris Nemtsov, o líder da oposição assassinado há dois anos junto ao Kremlin.

“Estamos aqui para exigir que os assassinos de Boris Nemtsov sejam julgados. Não apenas os autores materiais, mas também os organizadores e os mandantes”, disse Ilya Yashin, uma das organizadoras da marcha.

Em declarações à agência Reuters, a activista referiu que aqueles milhares de pessoas estavam ali a “exigir reformas políticas e a libertação de presos políticos”.

A manifestação deste domingo coincidiu com a libertação de Ildar Dadin, um activista anti-Putin que estava preso na Sibéria. Ildar Dadin foi a primeira pessoa a ser detida ao abrigo das novas leis que criminalizaram alguns protestos pacíficos.

As autoridades russas bloquearam várias ruas durante o protesto deste domingo, em Moscovo, e mantiveram os manifestantes cercados por uma vedação de metal.

Segundo a polícia, a marcha contou com a participação de cinco mil pessoas, mas segundo a organização o número chegou às 15 mil.

Boris Nemtsov foi assassinador a tiro, junto ao Kremlin, no dia 27 de Fevereiro de 2015, quando saia de um restaurante acompanhado da namorada.

O antigo vice-primeiro-ministro, de 55 anos, era um crítico do actual Presidente Vladimir Putin.

Comentários
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  • JMC
    28 fev, 2017 USA 00:21
    Subscrevo em pleno o comentário de "ELA". É sinceramente um dos comentários mais sábios que tenho lido ultimamente! Não consegui dizer isto de melhor maneira. Bravo, ELA. Este mundo moderno precisa de gente como você. Precisamos de menos líderes tais como Trump e Putin.
  • Ela
    26 fev, 2017 Lisboa 16:37
    Numa época de decadência em que, de um lado, se perfila um Putin e, do outro lado, surge um Trump, eu apelo: Democratas de todo o mundo, erguei-vos! Contra a tirania, revista ela a forma e a cor que revestir; contra a mordaça àqueles que pensam diferente e àqueles que muito simplesmente exercem o direito de informar. Está na hora de cerrar fileiras contra os ditadores que por aí se multiplicam, e de dizer não aos populismos: de extrema-esquerda ou de extrema-direita. Porque os populismos de extrema-direita e de extrema-esquerda, hoje e curiosamente (ou talvez não) ajudam-se. Leiam o escritor Amon Oz em entrevista à "Der Spiegel" desta semana.

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