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​Hospital da Guarda: Desaparecimento de exames de bebé que morreu "é caso de polícia"

25 fev, 2017 - 15:42

Em declarações à Renascença, o presidente do conselho de administração adianta que a Polícia Judiciária já tem em seu poder as imagens que servirão de prova relativamente ao tempo de espera da mãe no hospital.

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O presidente do conselho de administração do Hospital da Guarda quer uma investigação rápida e até às últimas consequências do caso da bebé que morreu com 37 semanas de gestação.

Em declarações à Renascença, Carlos Rodrigues admite que o desaparecimento dos exames cardíacos feito à bebé que morreu ainda na barriga da mãe é uma situação grave e um caso de polícia que deve ser investigado até ao fim.

“No decurso desta investigação, pediu-se ao departamento da saúde da mulher e da criança mais um documento, que é o tal documento que hoje aparece como desaparecido. De facto, é um exame feito na véspera da entrada da parturiente e que, efectivamente ou alegadamente, desapareceu. Mandei buscar esse documento, através de dois auditores internos do hospital, e eles constaram que ele tinha desaparecido. Isto é um caso de polícia. O caso foi entregue à Polícia Judiciária, através do Ministério Público, e também está a ser investigado por um inquérito que eu levantei.”

Além do extravio dos exames, a imprensa deste sábado revelava que os inspectores da Polícia Judiciária (PJ) não teriam tido acesso às imagens de videovigilância, por motivos técnicos.

Carlos Rodrigues adianta à Renascença que esta situação das imagens já está ultrapassada e a PJ tem em seu poder as imagens que servirão de prova relativamente ao tempo de espera da mãe no hospital.

“A Polícia Judiciária foi ao meu gabinete para conseguir essas imagens. Os serviços técnicos iniciaram logo essa operação, na presença da Polícia Judiciária, mas depois chegaram à conclusão que tinham que fazer outra operação e passar de uma cassete para outra. Isso já foi feito e foi entregue à Polícia Judiciária”, explica o presidente da Unidade Local de Saúde da Guarda.

“O nosso interesse é que haja celeridade e abertura total”, garante Carlos Rodrigues.

O caso da morte da bebé aconteceu no dia 16 de Fevereiro, na Unidade de Saúde Local (ULS) da Guarda.

Segundo a família, a parturiente esteve à espera do médico mais de hora e meia, apesar de estar com perdas de sangue.

A administração hospitalar e a Administração Regional de Saúde de Centro (ARSC) ordenaram a abertura de processos de averiguações para apuramento de responsabilidades na morte da bebé, por alegada falta de assistência.

Comentários
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  • Toninho Marreco
    25 fev, 2017 Alpenduradinha 23:14
    O meu grande sonho ainda é vir a ser funcionário público . Não ter de me preocupar com nada . NUNCA ser responsabilizado por nada . Roubos de armas . Fugas ao fisco de milhões .Mortes de crianças em hospitais .Ensacar o dinheiro de entradas em museus . Etc etc etc .No final bate tudo certo e está tudo bem . Ser empregado do estado uma alegria .
  • Isto é o cumulo
    25 fev, 2017 Porto 19:07
    Extravio dos exames uma treta. Isso de certeza foi feito para ocultar certas coisas. Isto é uma opinião. Poderá ser verdade ou não mas, é engraçado acontecer precisamente isso aos exames. Quem os desviou deveria de os colocar à disposição, caso contrário ainda vai ser pior. Muita gente julga que sai impune, ocultando factos. Mas neste mundo não há nada que não se descubra. Isso da espera exagerada, acontece em muitos hospitais, no S. João no Porto. Nas urgências, algum particular que leve uma pessoa em que exista máxima urgência, o segurança, primeiro diz que tem que ir tirar a ficha, depois tem que aguardar que chamem. Bem o doente pode morrer ali. E sei do que falo. Pois só se chegar lá de ambulância é que é logo atendido. Puro absurdo. Lógico, sendo urgente deve ser chamado de imediato alguém para ver se de facto existe urgência, e não compete ao segurança dizer que tem que esperar. São casos assim em que por vezes acontece coisas piores. Neste caso foi urgente, a pessoa entrou de imediato, e teve que ser logo operada. Se desse para o torto, alguém iria assumir com a culpa. São situações assim que devem ser evitadas. Correu tudo bem, mas podia correr mal. É tempo de nas urgências terem alguém a fazer a triagem em condições. Alguns doentes estão em situações lamentáveis, e esperam muito tempo na zona onde os doentes são tratados, nas urgências. Simplesmente melhorem o sistema.
  • couto machado
    25 fev, 2017 porto 19:01
    como se dizia antigamente: esta é de cabo de esquadra
  • Filipe
    25 fev, 2017 évora 18:06
    Desapareceram coisas que afinal nem fizeram , tal é a incompetência dessa gente que hoje tira cursos de medicina por conta da Ritalina e outras drogas .

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