25 fev, 2017 - 09:59
Os exames cardíacos da bebé que morreu no Hospital da Guarda desapareceram, avança a edição deste sábado do “Jornal de Notícias”.
Os investigadores estão sem possibilidade de acesso uma prova considerada essencial. Segundo o JN, a administração da unidade local de Saúde da Guarda informou o Ministério Público que os registos cardiotocográficos efectuados à grávida extraviaram-se.
Em causa estão tanto os exames feitos na véspera da tragédia, como os que a mãe da bebé fez quatro minutos depois de ter dado entrada na urgência. Este último é, aliás, um documento considerado fundamental pelos investigadores, uma vez que permite saber se o feto estava ou não vivo quando a mãe foi observada.
Mas há mais problemas para a investigação. Segundo o “Correio da Manhã”, os inspectores da Polícia Judiciária também ainda não conseguiram ter acesso às imagens de videovigilância que comprovariam o tempo de espera a que mãe, que entrou no hospital em trabalho de parto, foi sujeita.
Os serviços alegam dificuldades técnicas para não disponibilizar as referidas imagens. O caso está a ser investigado pelo Ministério Público e o próprio hospital abriu um inquérito interno.
O caso aconteceu no dia 16 de Fevereiro, na Unidade de Saúde Local (ULS) da Guarda.
Segundo a família, a parturiente esteve à espera do médico mais de hora e meia, apesar de estar com perdas de sangue.
A administração hospitalar e a Administração Regional de Saúde de Centro (ARSC) ordenaram a abertura de processos de averiguações para apuramento de responsabilidades na morte da bebé, por alegada falta de assistência.
[notícia actualizada às 12h09]