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Dombrovskis diz que não há motivo para debater reestruturação da dívida portuguesa

24 fev, 2017 - 17:02

O vice-presidente da Comissão Europeia e o ministro Mário Centeno, reuniram-se em Lisboa. Dombrovskis adverte que "especulações podem levar a uma nova instabilidade financeira".

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O vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo Euro e Estabilidade, Valdis Dombrovskis, defendeu, esta sexta-feira, em Lisboa que “não há motivo” para debater a reestruturação da dívida pública portuguesa e que especular sobre isso pode criar instabilidade.

“Portugal pagou recentemente parte da sua dívida ao Fundo Monetário Internacional [FMI]. Acho que neste momento não há motivo para criar especulações que acho que apenas podem levar a uma nova instabilidade financeira. Portugal já estabilizou os seus níveis de dívida e agora há que prosseguir na trajectória”, afirmou Valdis Dombrovskis.

O vice-presidente da Comissão Europeia e o ministro das Finanças, Mário Centeno, reuniram-se em Lisboa e deram uma curta conferência de imprensa, durante a qual a reestruturação da dívida pública foi abordada, no seguimento de um artigo de três economistas do FMI - entre eles Poul M. Thomsen, que liderou inicialmente a missão do Fundo a Portugal durante o resgate - que defendem que o pior que um país altamente endividado pode fazer é ignorar esse facto e que a reestruturação pode ser a melhor solução nesses casos.

Valdis Dombrovskis disse também que o tema da reestruturação da dívida não esteve em cima da mesa e, anteriormente, já tinha sublinhado que a “dívida pública portuguesa estabilizou”.

Por sua vez, o ministro das Finanças aproveitou para reiterar “o compromisso do Governo português em relação a todas as suas obrigações internacionais, incluindo as associadas à dívida pública”.

Mário Centeno aproveitou também para lembrar que a avaliação dos indicadores da economia portuguesa é “muito positiva para as condições de financiamento e deve ser mantida no futuro”.

Durante a sua intervenção, Valdis Dombrovskis considerou que as previsões da Comissão Europeia mostram que as “tendências permitem uma correcção do défice sustentada”, voltando a admitir que Portugal “poderá sair do Procedimento por Défices Excessivos na primavera”.

O vice-presidente da Comissão Europeia afirmou ainda que Bruxelas está à espera de um “programa de reformas ambicioso” e sobre o sector da banca disse que é necessário um diálogo a nível europeu sobre o crédito malparado e que será discutido no Ecofin (conselho dos ministros das Finanças dos 28 Estados-Membros) informal de Abril.

Sobre a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Valdis Dombrovskis disse que o processo está a “decorrer como previsto”, adiantando que “a interpretação de eventuais implicações orçamentais ainda está a decorrer”, a nível nacional, com o Instituto Nacional de Estatística (INE), e europeu, com o Eurostat.

Quanto à venda do Novo Banco, o vice-presidente recusou comentar processos que estão a decorrer.

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  • Rui Teixeira
    24 fev, 2017 famalicao 18:01
    Pois, pois, e por isto que os PaF ((papistas))andam a fazer a guerra com a geringonça, tentativa de descarrilamento nas rodas da geringonça, acontece, que esta geringonça tem rodas lubrificadas, e com rolamentos novos, nao vai ser fácil, estes senhores do PaF, engolem camelos lagartos, .Ate a Múmia, esta desesperado, ate se quer justificar do espectaculoso, teatro que provocou.

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