24 fev, 2017 - 14:36
A Waymo, a empresa da Google que é responsável pelo projecto experimental de carros controlados de forma automática, vai processar a Uber e a sua subsidiária que está a desenvolver um sistema automático de transportes pesados. Em causa está um alegado roubo de patentes e de violação do segredo industrial.
No centro do conflito entre as duas gigantes tecnológicas está Anthony Levandowski, ex-trabalhador da divisão da Google que abandonou a empresa para fundar a Otto – mais tarde comprada pela Uber por 680 milhões. O engenheiro de 36 anos é acusado de ter roubado 14 mil documentos confidenciais quando saiu da subsidiária da Google, onde trabalhou nove anos, revela a versão digital da revista de tecnologia Wired.
Num post no seu blogue a subsidiária da Google começa por ressalvar a importância da “competição no mercado dos auto-conduzíveis”, para logo acrescentar que considera que essa competição deve ser alimentada “pela inovação nos laboratórios e nas estradas, e não através de acções ilegais”.
No mesmo post a Wayno acusa Levandowski de, seis semanas antes de ter pedido a demissão do cargo, ter descarregado 9.7 gigabytes de informação confidencial como vários planos de circuitos electrónicos, designs e lista de fornecedores da tecnologia LiDAR – a tecnologia utilizada pelos carros da Google que consiste no usos de lazers para obter informação sobre o que rodeia o carro numa perspectiva 360º.
As suspeitas deste alegado roubo começaram quando, por engano, um dos fornecedores da Wayno anexou, por engano, os planos de um circuito dedicado aos camiões da Uber e que os engenheiros da Google consideraram ter “semelhanças impressionantes” com o seu circuito.
A decisão ficará agora nas mãos de um juiz do Trbunal de São Francisco.