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Unidade de cuidados continuados para reclusos inaugurada em Caxias

24 fev, 2017 - 02:10 • Liliana Monteiro

Cerimónia decorre esta sexta-feira. Hospital abre com sete camas mas terá mais 15 camas em breve.

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Para já são sete camas, mas o Ministério da Justiça já tem plano para alargar o plano. É inaugurada esta sexta-feira a primeira unidade nacional de cuidados continuados para reclusos e está instalada no Hospital São João de Deus, em Caxias.

“Tem para nós um grande significado e para a comunidade prisional também, na medida em que foi construído com mão-de-obra prisional. Nesta primeira fase vai contar com sete camas, mas há uma perspectiva de crescimento para mais 15 camas. Temos cada vez mais população reclusa envelhecida e estas pessoas necessitam muitas vezes de um acompanhamento mais permanente e mais continuo”, disse a secretária de Estado adjunta da Justiça.

Helena Mesquita Ribeiro confirma ainda que, com a inauguração da unidade chegam mais 28 médicos e 56 enfermeiros.

A aposta na saúde dos reclusos conta também com outra novidade. “Vamos avançar com uma experiência piloto que é a telemedicina que vai permitir que alguns doentes em situação de reclusão possam ser vistos por médicos especialistas à distância”.

Em declarações à Renascença, a secretária de Estado adjunta da Justiça adiantou ainda que o Estado já curou “268 reclusos que padeciam de hepatite C”. “Temos mais 123 a receber tratamento médico e estamos a sinalizar todos aqueles que padeçam desta enfermidade para lhes garantir o mesmo apoio e o mesmo tipo de tratamento”.

Noutro âmbito, Helena Mesquita Ribeiro não acolhe as críticas feitas depois da fuga de três reclusos do estabelecimento prisional à falta de condições na cadeia de Caxias. A governante garante que os serviços prisionais fizeram o que lhes competia e que há um inquérito em curso do qual o Ministério da Justiça aguarda resultados.

A secretária de Estado adjunta da Justiça confirma que dois dos três reclusos foragidos foram já detidos em Espanha.

Quanto à fuga, Helena Mesquita Ribeiro diz que se tratou de um incidente que não espelha a qualidade das prisões portuguesas.

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