23 fev, 2017 - 19:33
A presidente do CDS, Assunção Cristas, diz que o seu partido quer que seja conhecida toda a verdade sobre o que se passou com a transferência de verbas avultadas para paraísos fiscais.
Assunção Cristas afirma que o comportamento do seu partido é diferente do adoptado pela esquerda parlamentar.
“O CDS quer que tudo seja esclarecido, ao contrário das esquerdas unidas que usam expedientes para evitar o conhecimento da verdade. Pelo nosso lado, em qualquer um dos temas que esteja em debate e seja relevante no nosso país, nós queremos saber toda a verdade”, disse.
Quando confrontada com a afirmação do presidente do sindicato dos impostos, Paulo Ralha, que na Renascença lembrou a lista VIP de contribuintes que na sua opinião “instituiu um clima de medo na autoridade tributária”, Assunção Cristas sustenta que não se podem confundir assuntos.
“O que é importante clarificar aqui – e ainda bem que está a decorrer uma inspecção – é perceber por que é que a Autoridade Tributária não detectou em tempo aquilo que se veio a conhecer. Isso é que é preciso clarificar rapidamente”, refere.
Sobre uma segunda comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, a líder centrista preferiu remeter para a negociação em curso com o PSD no Parlamento e fez questão de destacar o seu encontro esta sexta-feira com o Presidente da República para denunciar que “o Parlamento neste momento oprime os direitos da oposição”.
As declarações foram feitas à margem da abertura da 14ª edição da Essência do Vinho, no Palácio da Bolsa.