23 fev, 2017 - 12:52 • Rosário Silva
O aroma é forte e picante. Atinge o seu ponto de maturação ao fim de um mês, guardado nas chamadas “rouparias”, num ambiente húmido e fresco. Trata-se do queijo de Serpa, um dos produtos de excelência da região com Denominação de origem protegida (DOP).
Os apreciadores vão poder conferir a sua qualidade e em quantidades significativas, entre 24 e 26 de Fevereiro, altura em que Serpa se ornamenta para mostrar o que tem de melhor, a região e o país.
“O objectivo do evento é mostrar não só o nosso queijo, mas todos os queijos do Alentejo e, de uma forma geral, do país, até porque é uma mostra que já tem expressão a nível nacional continuando a crescer”, diz à Renascença o presidente da câmara, Tomé Pires.
De acordo com o autarca, o trabalho tem sido feito no sentido de “consolidar um evento que mostra o que há de melhor no Alentejo”.
Enchidos, vinho, azeite, azeitona, mel ou artesanato são outros produtos que marcam também presença neste certame em que o queijo é soberano.
Este ano, são 107 os expositores que mostram os seus produtos na 16.ª edição da Feira do Queijo do Alentejo, que vai apresentar um programa variado, "pensado para satisfazer todas as idades e todos os gostos, com destaque para a gastronomia e tasquinhas, cante alentejano, sessões, concursos, ateliers, workshops e demonstrações diversas".
O ganha-pão de muitas famílias
No concelho alentejano, há 11 “rouparias” - queijarias - licenciadas. São empresas de média dimensão, algumas empregam seis dezenas de pessoas, mas há também as mais familiares e de pequena dimensão.
De acordo com presidente do município estima-se que a produção de queijo no concelho ronde os 200 mil quilos por ano o que faz do sector, um importante motor da economia local.
“O sector do queijo é importante. Para produzirmos todos estes quilos de queijo, além dos postos de trabalho que estão directamente ligados ao fabrico, não nos podemos esquecer depois de todos os outros postos de trabalho que estão associados quer à produção do leite, quer à questão da alimentação para os animais e ao próprio trabalho de pastoreio”, adianta Tomé Pires.
“Ora, este produto final, que é o queijo, tem associado a si muitos postos de trabalho e é um sector muito importante para a nossa região”, confirma o autarca.