Empresários portugueses querem viajar mais em 2017

As empresas portuguesas estão mais confiantes na economia nacional e vão viajar mais para o estrangeiro em 2017, conclui o “Barómetro de Viagens de Negócios” apresentado esta quarta-feira no Salão Viagens de Negócios, que decorre em Lisboa.

Um total 60% das empresas inquiridas no estudo conduzido pela Travelstore American Express anunciaram que planeiam viajar este ano, mais 8% do que em 2016.

Mas os destinos de negócios estão a mudar. Apesar de não afirmar claramente que a alteração tem a ver com as mudanças políticas nos Estados Unidos, o presidente da plataforma em Portugal, Frédéric Frère, admite que seja um factor. Por outro lado, sublinha o retorno a África, mas não necessariamente para países lusófonos.

“Não sei se podemos tirar qualquer conclusão do facto de terem dito que iam reduzir o investimento nos Estados Unidos, mas, o que é certo, é que apontaram para uma redução desse investimento. Na América Latina, julgo que o factor Brasil terá pesado bastante nesta antecipação de redução para esse continente. Em contrapartida, há uma antecipação de maior investimento para África. Feito o desconto de Angola e Moçambique, as empresas portuguesas abrem frentes de negócios noutros países.”

Além da África do Sul, Quénia, Gana e Nigéria apresentam-se agora como oportunidades de negócio para as empresas portuguesas.

As novas tecnologias fazem cada vez mais parte do dia-a-dia das empresas, mas a verdade é que os empresários nacionais valorizam muito o contacto pessoal nos seus negócios, admite Frédèric Frère.

“São muito sensíveis às novas tecnologias, valorizam muito as plataformas e soluções tecnológicas que lhes disponibilizamos, mas depois, na prática, continuam a valorizar e a utilizar os meios de comunicação convencionais”.

As tecnologias acabam por também potenciar um maior número de viagens para estabelecer contacto pessoal, sublinha o presidente da Travelstore American Express.

Mais viagens não querem dizer maiores custos. A opção cada vez mais frequente por companhias “low cost”, sobretudo para voos de curta e média duração, e a mudança de destinos para os quais os voos são mais baratos, potenciam a poupança.