17 fev, 2017 - 13:57 • Sérgio Costa /Francisco Sarsfield Cabral
James Mattis veio a Bruxelas com uma mensagem clara: os parceiros da NATO devem aumentar os orçamentos da defesa para alcançar o compromisso de 2% do PIB. Apenas 5 países cumprem esta meta. Mas para o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, Portugal até nem está mal neste campeonato.
Azeredo Lopes também garante que os parceiros europeus estão tranquilos em relação à nova Administração norte-americana. Mas o ministro da Defesa reconhece que a Europa deve agora ser mais autónoma, ainda que sempre numa relação de cooperação. E, neste encontro dos ministros da Defesa da NATO, o novo secretário norte-americano deixou boa impressão ao ministro português.
As relações entre a NATO e União Europeia marcaram a semana, mas as atenções também estão viradas para o Parlamento Europeu. Os eurodeputados votaram o acordo comercial com o Canadá por uma maioria confortável.
O acordo elimina praticamente todos os direitos aduaneiros. Regula o comércio de mercadorias e de serviços e o acesso aos contratos públicos. Abrange também a protecção de indicações geográficas, algumas portuguesas, e prevê um processo de resolução de litígios relativos aos investimentos.
O Primeiro-Ministro do Canadá, que esteve no Parlamento Europeu, sublinha a importância do acordo: “Com este acordo (CETA), construímos algo juntos. Algo importante, sobretudo neste momento, no vosso continente e no meu. Agora é preciso que isto funcione para os vossos povos e para o meu. Se tivermos êxito, o acordo CETA será a marca de referência para todos os acordos de comércio internacional ambiciosos”, afirmou Trudeau.
Justin Trudeau também avisa que, se o Acordo não funcionar, então pode vir a ser o último a nível internacional. Os defensores do Acordo garantem que vai permitir relançar o comércio e criar postos de trabalho. Numa altura em que os 28 receberam uma boa notícia: as economias de todos os estados membros deverão crescer este ano e no próximo. Nas previsões económicas de Inverno, a Comissão estima que Portugal terá um défice de 2,3% em 2016 e de 2% este ano. Mas sublinha que o défice do ano passado só foi possível graças ao perdão fiscal. Ainda assim são valores que podem abrir a porta à saída do procedimento por défice excessivo.