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Jovens alunos duplicam consumo do "comprimido da inteligência"

19 fev, 2017 - 15:26

Vendas de medicação para controlar o défice de atenção duplicaram entre 2010 e 2016. Especialistas dizem que estamos perante um problema de saúde pública.

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O medicamento para favorecer a concentração de crianças com perturbação de hiperactividade e défice de atenção, também conhecido como comprimido da inteligência, teve um aumento muito significativo entre 2010 e 2016, noticia o Jornal de Notícias (JN).

A mesma publicação alerta que a taxa de alunos medicados chega aos 80% nas turmas do ensino privado, segundo o psicólogo Eduardo Sá. Mas o número também está a crescer nas escolas públicas.

Nos últimos sete anos, segundo os dados da consultora QuintilesIMS e do Infarmed, as embalagens comercializadas mais do que duplicaram.

No ano passado, este tipo de medicamentos vendeu 270 mil embalagens em Portugal, mais do que o dobro das 133 mil vendidas no ano anterior.

O psicólogo Eduardo Sá ouvido pelo JN diz que estamos diante um problema de enorme gravidade. O especialista diz que houve pais que lhe contaram que lhes disseram: “Tem aqui um medicamento. Agora a escolha é sua, depende da sua vontade que o seu filho tenha melhores notas ou não”.

Comentários
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  • Miguel
    22 fev, 2017 Porto 18:20
    Bem, pelos vistos muita gente aqui nos comentários precisa destas drogas urgentemente!
  • Manuel
    21 fev, 2017 Abrantes 09:14
    Já li vários comentários dos dois lados mais visados ou seja Pais e Professores e no meu ver é aqui que está a base para a resolução ou diminuição destes tipo de casos o que quer dizer que podem parar com esta cartelização das grandes indústrias farmacêuticas, as quais a bom da verdade não são completamente responsáveis...cada caso é único e os Pais a estrutura chamada "Escola" com todos os seus profissionais incluídos tem a maior responsabilidade a não saber lidar com o avanço no tempo...os Pais por desconhecimento ou por falta de atenção necessária aos filhos...as escolas evoluíram nos seus materiais e instalações "futuristas" mas infelizmente em recursos humanos estão cada vez mais ultrapassados e inclusive vê-se todos os dias que estão a deixarem-se dominar pelos Alunos e a perderem o controle do objectivo deles que é ensinarem...por isso a minha opinião com os exemplos que vejo todos os dias ,creio que se não tratarem este e outros assuntos seriamente e visando o supremo interesse dos Alunos e não olharem tanto para os assuntos políticos ou sindicais vão a curto prazo perder o controle da situação e criar uma geração á imagem do que estão a fazer...mas para tudo isso é necessário Pais e Escolas falarem a uma só voz e pelo exemplo que eu tenho isso não sucede e sempre sacrificam os Alunos para atingirem os seus interesses de conforto pessoal...
  • 20 fev, 2017 21:41
    Claúdia, sou professora e lamento imenso quando leio comentários como o seu!!! Informe-se 1º e depois fale. Os professores fazem o melhor que conseguem, cumprem o seu e o papel e o dos paizinhos. Os pais é que não têm tempo para os filhos e não estão para aturá-los e procuram os médicos para que eles os deixem sossegados pq vêm cansados e não «aguentam os filhos»....
  • gomes
    20 fev, 2017 coimbra 19:05
    acho graça que tanto ritalin como cocaina tenham exatamente os mesmos efeitos no cerebro mas um é considerado drogra proibida e o outro fabricado pela bigpharma é dado a crianças com as bençãos dos governos. este povo nao tem nenhum interesse na saude e bem estar das pessoas tem interess é em encher os bolsos de €€€€ as custas de um bando de pais inaptos que preferem medica os filhos pra ficarem quietinhos no tempo em que nao andam a ser educados pela tv
  • Nelia
    20 fev, 2017 Batalha 18:50
    Os responsáveis são os médicos, eles é que passam a receita. Eles devem de responder. As pessoas quando vão ao médico vão falar com uma pessoa de suposta competência e confiança. Estes sim deviam de pensar antes de agarrar na caneta e a ordem dos médicos devia de investigar a competência destes. Este comprimido não tem efeitos mágicos para um bom comportamento. Conselho aos pais a quem lhes for sugerido: ler a literatura que vem dentro da embalagem e depois pensem nos pós e contras e analisem o que é melhor para os seus filhos. Façam um decisão informada e procurem alternativas. Muitas das vezes o comportamento das crianças muda para melhor ao ficarem mais velhos, é uma questão de se ser firme e ter -se perseverança. Não há comprimidos mágicos para estas situações. Avaliem os riscos. Boa sorte.
  • Portugalês
    20 fev, 2017 Alto da Serra 16:32
    Por tomarem este comprimido, é que esta malta tem sabedoria para viver à custa dos outros, razão porque trabalhar não é com eles.
  • Abel
    20 fev, 2017 A 12:20
    Há um tratamento muito eficaz para a hiperactividade, chama-se dois pares de estalos bem dados. Não se pode fazer isso porque a criancinha vai ficar traumatizada... Ah, pois! Então dêem-lhe DROGA! É legal e democrático!
  • Claudia
    20 fev, 2017 Sta Iria De Azoia 11:37
    Hoje em dia um aluno que não fique quieto na sala a harmonia para o professor e que cometa o crime de ser criança/adolescente é alvo de críticas e recados constantes para os pais, até estes já desesperados se queixarem ao médico que já não sabem mais o que fazer. Solução: Ritalina. E que tal tentarem cativar os alunos em vez de quererem alunos medicados nas salas?
  • Carlos Picado Horta
    19 fev, 2017 Lisboa 22:57
    Mas, diabos!, qual é o NOME do medicamento?
  • Isabel Silva
    19 fev, 2017 Alfragide 21:37
    Talvez se o governo mudar o sistema de ensino os alunos já não teriam defice de atenção e outras supostas doenças que agora inventaram. Como mãe de um aluno de 14 anos diariamente vejo que não se enquadra com o sistema.

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