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Guarda. Hospital investiga caso de grávida que perdeu bebé por alegada falta de assistência

17 fev, 2017 - 07:50

A mulher em final de gestação entrou na unidade de saúde com perdas de sangue, mas esperou 90 minutos por um obstetra.

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Uma mulher em final de gestação perdeu o bebé após ter esperado uma hora e meia para ser vista por um obstetra, que se encontrava no hospital. A notícia é avançada na edição desta sexta-feira do “Jornal de Notícias”.

O caso aconteceu esta quinta-feira, na Unidade de Saúde Local (ULS) da Guarda, cuja administração já abriu um processo de averiguações para apuramento de responsabilidades na morte da bebé, por alegada falta de assistência. Segundo a família, a parturiente esteve à espera do médico mais de hora e meia, apesar de estar com perdas de sangue.

De acordo com o JN, a equipa de enfermagem procedeu de imediato ao registo dos batimentos cardíacos e, ao considerar que o nascimento estaria iminente, chamou o médico que, apesar de estar no hospital, demorou uma hora e meia a chegar junto da parturiente.

Fonte próxima da família da grávida, de 39 anos, garante ao jornal que a mulher “aguardou mais de hora e meia na sala de triagem”.

Questionado pela Renascença, o Conselho de Administração (CA) da unidade hospitalar "lamenta o sucedido" e informa que foram tomadas medidas "para averiguar os factos".

"Está a decorrer um processo de averiguações preliminar e durante a manhã a directora de serviço e o director do departamento da criança e da mulher irão apresentar o relatório ao CA. Só nessa altura o CA se poderá pronunciar", lê-se na nota enviada à redacção.

Comentários
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  • José
    23 fev, 2017 Lisboa 19:18
    Tanta gente a debitar opinião sem dados concretos. Alguém sabe realmente o que sucedeu? O médico, só por ser médico, será um monstro sádico que teve gosto em não dar assistência àquela mulher? Alguém acredita nisto? O bebé morreu por falta de assistência de facto? Ou porque a placenta descolou, como já foi dito nos jornais? A única certeza é a do enorme sofrimento daquela família mas isso não justifica o linchamento público seja de quem for. Apurem-se os factos primeiro, atirem-se as pedras depois.
  • Pinto
    17 fev, 2017 Custoias 20:58
    Quantos casos destes e outras situações semelhantes passa ao lado, sem que seja noticiado. Gonçalo tem 14 anos de idade, nasceu com multi deficiência profunda, no período expulsivo o feto ficou encravado provocando dificuldades respiratórias e falta de oxigenação do sangue. Continuam à espera que se faça justiça. No HPH em Matosinhos uma familiar teve um parto em que após a episiotomia, depois da paciente estar a fazer esforço à muito tempo, e com ajuda de fórceps não conseguiram, tiveram de fazer uma cesariana depois de muito sofrimento. O bebé nasceu com a cabeça oval depois de tanto puxarem e ainda hoje tem problemas nos olhos. Depois de reclamações em tudo quanto é sítio, tudo ficou em águas de bacalhau, é complicado, é como a luta de Davi e Golias, a classe médica é muito protegida e a justiça tem uma balança que pende sempre para os mais fortes.
  • Saloio
    17 fev, 2017 Aqui e Álem 10:13
    Nos dias de hoje estas tragédias, pouca, ou nenhuma, importância têm. A governação é de esquerda, logo, está tudo bem. As criancinhas deixaram de morrer, esfomeadas, à porta das escolas, os hospitais funcionam sem listas de espera e as Urgências melhoraram substancialmente. Claro que não vale a pena referir, por descontextualizadas, portagens, vistos gold, falsas licenciaturas ou emigrações pungentes de sofrimento. Com papas e bolos...
  • Ana Galvão
    17 fev, 2017 Leiria 10:01
    Lamento profundamente a dor desta mulher, a minha empatia também passei por isso há uns anos atrás na Daniel de Matos em Coimbra, em circunstâncias diferentes, e, no meu caso, por erro grosseiro...(o médico obstetra que escolhi para me acompanhar tinha na equipa uma interna, que por sua vez, num dia em me dirigi a uma consulta de urgência, com sintomas de pré-parto, tomou uma decisão sem seguir os protocolos que deviam ter sido observados, sem a supervisão do médico obstetra. Perdi o meu bebé e foi como se o mundo tivesse desabado. Ficou um vazio e a sensação de absurdo...não avancei na altura com um processo, queria só o silêncio, tinha esgotado todas as minhas energias...). Este caso é chocante...e deve ser levado até às últimas consequências.
  • Luis B.
    17 fev, 2017 Para cá da muralha da China 09:53
    As noticias sobre mau atendimento hospitalar sucedem-se, mas a comunicação social e o presidente da República dão mais destaque à redução do défice esquecendo que antes quando do Governo PSD CDS criticaram o facto de irmos mais longe do que a troika tinha imposto. Agora um défice aprovado de 2,6 que pelos vistos pode ficar-se em 2,1 não suscita comentários de "ir mais longe do que se propuseram"... Com o aumento da despesa na devolução de salários, reformas, eliminação da semana das 40h etc, o défice diminui à custa das receitas (mais carga fiscal) e da redução da despesa corrente. E a despesa é isto: saúde, educação, justiça... Temos melhores salários mas menos pessoal, menos qualidade nos serviços... Se fosse o Governo PSD CDS havia reportagens de televisão, programas de debate, colunas de opinião.. assim é a esquerda, fica tudo "em casa"...
  • joao
    17 fev, 2017 09:12
    Então...como já ouvimos milhares de vezes....foram seguidos os procedimentos habituais e a culpa....não é de ninguém !
  • Telmo Barros
    17 fev, 2017 Albergaria-a-Velha 09:10
    E agora?? O que acontece e a quem? Como vai ser a vida desta mãe? Vai voltar acontecer, o SNS está um caos! Inadmissivel haver pessoas a esperarem mais de 6/7/8 horas para serem atendidas. Deixem de gastar onde não devem e invistam naquilo que é mais precioso (A VIDA)

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