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Alerta TTIP

16 fev, 2017 - 11:31 • André Rodrigues

​O acordo transatlântico de comércio com os Estados Unidos pode mesmo não passar do papel, admite a RTP.

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Revista de Imprensa de temas europeus 16-02-2017

O site da televisão pública sublinha que as declarações recentes, quer das lideranças europeias quer do presidente Donald Trump, apontam para o fim abrupto do chamado TTIP, uma parceria em que Barack Obama se envolveu de forma extremamente empenhada. O ex-Presidente norte-americano quis selar o compromisso antes de deixar a Casa Branca, mas o timing apertado ditou o seu congelamento. Foram cinco anos de negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos. E o que fica de tudo isso? É a grande pergunta à procura de resposta nos tempos mais próximos.

A questão ganha uma relevância acrescida, sobretudo porque ontem mesmo o Parlamento Europeu aprovou o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Canadá, o chamado acordo CETA. O Diário de Notícias lembra que esta parceria com os canadianos recebeu a firme oposição por parte de grupos antiglobalização, mas acabou por ser aceite em Estrasburgo por uma larga maioria de eurodeputados. Em 695, 408 votaram a favor. O DN esclarece que este é apenas o primeiro passo. O tratado comercial entre a União Europeia e o Canadá poderá ser aplicado provisoriamente a partir de Abril, mas só entra plenamente em vigor depois de ratificado pelos parlamentos de todos os Estados-membros. O chamado CETA é o primeiro acordo económico da UE após o Tratado de Lisboa que inclui um capítulo inteiramente dedicado aos investimentos. A boa notícia para os empresários é a redução das taxas aduaneiras para um grande número de produtos. Para as empresas portuguesas, isto significa uma poupança superior a 500 milhões de euros por ano em impostos, assim como o aumento da quota de acesso a concursos públicos no Canadá.

Outro assunto em destaque esta quinta-feira: as advertências da Comissão Europeia por causa da má qualidade do ar. É um puxão de orelhas a cinco Estados-membros: França, Alemanha, Reino Unido, Espanha e Itália. De acordo com o jornal Público, Bruxelas ameaça com retaliações judiciais se continuarem as infracções persistentes em matéria de poluição atmosférica. Os automóveis são os principais responsáveis por este mau comportamento ambiental.

A fechar, e para que não caia no esquecimento, o drama dos refugiados que afecta sobretudo o sul da Europa. Sobre isso, o El Pais escreve que a Itália já superou a Grécia em número de entradas de refugiados e requerentes de asilo. O jornal espanhol refere que, no ano passado, deram entrada no país 181 mil pessoas através do Mediterrâneo, um número ligeiramente superior ao registado na Grécia. De acordo com a Frontex, a agência europeia de fronteiras, mais de metade destes refugiados que chegaram à costa italiana eram oriundos da Líbia, África subsaariana e ocidental.

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