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Pinto da Costa diz em tribunal que nunca teve guarda-costas

15 fev, 2017 - 12:58

No início do julgamento que culmina a "operação Fénix", Pinto da Costa disse que se fazia acompanhar, algumas vezes, de elementos da empresa de segurança SPDE apenas para evitar ser "asfixiado" pelo "carinho" dos adeptos.

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O Presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, afirmou, esta quarta-feira, que nunca teve "guarda-costas", refutando assim a acusação de que é alvo no âmbito do processo Fénix.

No início do julgamento, que decorre em Guimarães, Pinto da Costa disse que se fazia acompanhar, algumas vezes, de elementos da empresa de segurança SPDE apenas para evitar ser "asfixiado" pelo "carinho" dos adeptos.

"Era preciso criar um espaço de segurança para evitar que as pessoas caíssem em cima de mim", afirmou.

Aludiu, concretamente, a visitas que fazia à Afurada, em Vila Nova de Gaia, e que acabaram por ser proibidas pelo médico, tal era a afluência de pessoas interessadas em falar com ele.

"É claro que não precisava de guarda-costas, isso era até ofensivo para aquela gente", referiu o dirigente.

Pinto da Costa aludiu, também, a uma sessão de um lançamento de um livro, na qual estariam cinco mil pessoas e em que teve de parar ao fim de dar mil autógrafos, porque já "não sentia o pulso".

O presidente portista disse ainda que os elementos da empresa de segurança privada SPDE acompanhavam a equipa do Futebol Clube do Porto não para a sua segurança pessoal, mas sim para impedir que os adeptos entrassem no hotel para pedir autógrafos.

Pinto da Costa alegou que também pediu a intervenção da SPDE para fazer vigilância à casa que tinha sido da mãe e que "vinha sendo assaltada há meses" e negou que tivesse pedido segurança pessoal para os seus familiares, nomeadamente para a mulher.

Na Operação Fénix, Pinto da Costa está acusado de sete crimes de exercício ilícito da actividade de segurança privada, por alegadamente ter contratado serviços de acompanhamento e protecção pessoal a uma empresa que sabia não dispor de alvará para o efeito.

"Ando em qualquer sítio sozinho, na rua, sem segurança", referiu.

Sublinhou que não seria por levar "dois ou três seguranças" com ele que deixariam de lhe "fazer mal".

Mais de 50 arguidos da “Operação Fénix”, entre os quais o presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, e o antigo administrador da SAD portista Antero Henrique, começaram hoje a ser julgados, em Guimarães.

O julgamento está a decorrer no quartel dos Bombeiros Voluntários daquela cidade, uma vez que a comarca de Braga não dispõe de uma sala com capacidade para acolher tanta gente, entre arguidos, advogados e forças policiais.

A “Operação Fénix” é um processo relacionado com a utilização ilegal de seguranças privados.

Os arguidos respondem por associação criminosa, exercício ilícito da actividade de segurança privada, extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física agravadas pelo resultado morte, tráfico, posse de arma proibida e favorecimento pessoal.

A lista de arguidos integra a empresa SPDE - Segurança Privada e Vigilância em Eventos, acusada de um crime de associação criminosa e outro de exercício ilícito de atividade de segurança privada.

O sócio-gerente da SPDE, Eduardo Jorge Lopes Santos Silva, responde por aqueles dois crimes e ainda por detenção de arma proibida.

A acusação sustenta que este arguido seria o líder de um grupo que se dedicava à prática de actividades ilícitas relacionadas com o exercício de segurança privada.

Comentários
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  • saxa
    09 nov, 2017 porto 17:18
    o esperado
  • Vermelhão
    16 fev, 2017 Évora 00:46
    O maior mafioso de todos os tempos. Ó Sottomayor. Não faças figura de parvo!
  • A. Sottomayor
    15 fev, 2017 Maia 17:28
    RR, porquê o tom irónico da notícia, reforçada pelas aspas? É claro que o Pinto da Costa não precisa de guarda-costas aqui no Porto. Onde parece ter sido o local de utilização ilegal de que é acusado. Tudo serve e é investigado, quando se trata do Porto. Por outro lado, não me lembro de casos de agressão por parte de "guarda-costas" do Pinto da Costa, o que já não se pode dizer quanto aos "chauffeurs" do Vieira.

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