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Qualidade do ar em Setúbal dentro dos valores de segurança, apesar de incêndio na Sapec

14 fev, 2017 - 12:49

Fogo na Sapec provocou nuvem tóxica, mas as estações de medição da qualidade do ar não ultrapassaram os valores de referência.

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As estações que medem a qualidade do ar na zona de Mitrena, em Setúbal, onde eclodiu esta terça-feira um incêndio num armazém de enxofre, da Sapec, não registaram qualquer valor acima do limite de referência, segundo a Direcção-geral da Saúde (DGS).

Em declarações à Lusa, Anabela Santiago, engenheira de Saúde Ambiental da DGS, o que foi transmitido pelos técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) indica que as estações de medição da qualidade do ar não ultrapassaram os valores de referência.

“Aquilo que me foi transmitido é que, de acordo com a informação registada nas estações ali à volta e as estações que medem o SO2, o dióxido de enxofre, os valores registados não ultrapassam os valores de referência”, afirmou Anabela Santiago.

A nuvem de fumo provocada pelo incêndio, que entretanto já começou a dissipar-se, levou a protecção civil a aconselhar as populações das freguesias de Praias do Sado e Faralhão e, mais tarde, da freguesia de Gambia, Pontes e Alto da Guerra a ficarem em casa.

Questionada sobre se não haveria perigo algum para aquelas populações, assim como para as restantes naquela área, a responsável da DGS respondeu: “Está a ser monitorizado, quer a APA quer a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional estão a acompanhar a situação e aquilo que está a ser registado, de momento, não excede [os valores de referência]”.

“A protecção civil também já transmitiu as instruções à população ali à volta, se sentirem picadas nos olhos ou irritação da garganta para contactarem com as autoridades de saúde”, acrescentou.

O incêndio que deflagrou esta terça-feira, às 3h00, num armazém da Sapec Agro, em Mitrena, Setúbal, foi controlado, mas as operações de rescaldo deverão prolongar-se por vários dias, segundo o coordenador da Protecção Civil Municipal de Setúbal.

José Luís Bucho acrescentou que “ainda não foi possível entrar dentro de um dos armazéns, que tem uma estrutura em ferro que ameaça ruir e que só depois de haver condições de segurança é que se podem iniciar aí as operações de rescaldo".

A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, lamentou a ocorrência do incêndio numa das maiores empresas da região, mas congratulou-se com o facto de a empresa não ter interrompido a laboração e prosseguir a sua actividade normalmente.

Em declarações à Lusa, a autarca disse, contudo, estar preocupada "com os prejuízos numa empresa de referência nacional e internacional situada no concelho e que contribui de forma significativa para o PIB nacional".

Maria das Dores Meira adiantou também que do combate ao incêndio resultaram, até agora, seis feridos ligeiros, cinco dos quais foram assistidos no hospital de São Bernardo, em Setúbal, e um, da companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, no hospital de São José, em Lisboa, que terá sofrido queimaduras numa mão na sequência de uma queda.

[notícia actualizada às 18h19]

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