Tempo
|
A+ / A-

Caixa. BE fala de papel "tragicamente irónico" de Mário Centeno

14 fev, 2017 - 11:46

Coordenadora do partido recusou-se a tecer considerações sobre se o ministro das Finanças tem condições para continuar em funções.

A+ / A-

A coordenadora do Bloco de Esquerda definiu esta terça-feira como "tragicamente irónico" o papel do ministro das Finanças, valorizando os dados "simpáticos" da economia mas realçando que a polémica sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) já devia estar encerrada.

"Não deixa de ser tragicamente irónico que o ministro que até tem dados do ponto de vista da economia simpáticos para apresentar se esteja a expor a explicações que não têm nenhum sentido quando isto já devia estar encerrado", declarou a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, referindo-se ao papel de Mário Centeno na polémica da CGD em torno da anterior administração e da entrega ou não das declarações de rendimentos e património.

O Bloco, disse a sua líder, "não se pronuncia sobre as condições" dos ministros exercerem ou não as suas funções, focando-se antes em debater políticas com o Governo.

Catarina Martins, que falava à margem de uma visita a uma escola em Lisboa, defendeu, contudo, que na segunda-feira não houve "nenhum facto novo" sobre a CGD, um dossier que, lamentou, vem sendo "mal gerido".

De todo o modo, concretizou a líder bloquista, há que realçar que "foi derrotada qualquer visão" de fuga à "transparência" pelos gestores do banco público.

O primeiro-ministro, António Costa, confirmou na segunda-feira a confiança em Mário Centeno no exercício das suas funções governativas, após um contacto com o Presidente da República e depois de, em conferência de imprensa, o ministro das Finanças ter afirmado que o seu lugar "está à disposição" desde que assumiu funções.

Centeno reiterou na conferência de imprensa que deu na segunda-feira que o acordo com António Domingues para a liderança da CGD não envolvia a eliminação da entrega das declarações de rendimentos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • JC
    16 fev, 2017 Lisboa 01:00
    São os bons resultados conseguidos que os ressabiados não perdoam , Como é bom vê-los furiosos , desorientados e sem rumo. É pena é que seja os meus impostos a pagar o ordenado de quem não merece um copo de água.
  • Ramalho
    15 fev, 2017 Minde 21:29
    Agora a Esganiçada que descalce a bota . Semeou vai ter que colher
  • Eborense
    14 fev, 2017 Évora 17:48
    "O Bloco, disse a sua líder, "não se pronuncia sobre as condições" dos ministros exercerem ou não as suas funções,". Esta está como o comunista, que disse na SIC que o PCP nunca tinha pedido a demissão de nenhum Ministro. E são estes dois partidos (BE e PCP) considerados os mais sérios da política portuguesa. Como diz o GORDO "Espectáculo".

Destaques V+