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Associações de profissionais católicos apoiam petição contra a eutanásia

27 jan, 2017 - 11:00 • Filipe d'Avillez

Assunto não foi discutido na campanha eleitoral, nem consta do programa dos principais partidos.

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Sete associações de profissionais católicos apoiam publicamente a petição contra a legalização da eutanásia que esta semana foi entregue no Parlamento.

A petição “Toda a Vida Tem Dignidade” recolheu mais de 14 mil assinaturas e vai agora seguir o processo normal de audições e discussão na Assembleia da República, antes de poder ser discutido em plenário.

As associações católicas de enfermeiros e profissionais de saúde, de Farmacêuticos, de Professores, de Juristas, de Psicólogos e de Médicos e ainda a Associação Cristã de Empresários e Gestores de Empresas, assinam um comunicado conjunto em que exprimem o seu apoio à petição.

“Tal petição baseia-se no princípio constitucional da inviolabilidade da vida humana, princípio básico que é pressuposto da tutela de todos os direitos fundamentais; no princípio de que a doença e a dor e sofrimento a ela associados têm remédios a que todas as pessoas devem ter acesso, sendo que tais circunstâncias em nada diminuem a dignidade da vida humana, nem lhes retiram qualquer valor; e no princípio de que o progresso social se mede em função da valorização e protecção das pessoas mais vulneráveis”, pode ler-se no comunicado.

Nesse sentido, os profissionais apelam a que os deputados rejeitem qualquer tentativa de legalizar a eutanásia e o suicídio assistido, recordando que esse assunto não constava do programa eleitoral dos principais partidos nem foi discutida na campanha.

Pede-se ainda ao Parlamento que “promova uma política mais eficaz de combate à exclusão dos idosos e incapacitados, e que recomende ao Governo a extensão a toda a população e território português dos Cuidados Continuados e Paliativos, o reforço dos meios das unidades já existentes, e o reforço da formação dos profissionais de saúde nas questões de fim de vida.”

No dia 1 de Fevereiro será discutida no Parlamento a petição pela legalização da eutanásia, que reuniu pouco mais de oito mil assinaturas.

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  • José
    31 jan, 2017 Lisboa 07:15
    Falemos claro. Matar pessoas é assassinato, pelo que quem mata é assassino . O assassinato de pessoas a que os políticos redefinem como sendo Eutanásia, Aborto, Suicídio assistido, não passa disso mesmo, assassinato de pessoas. Pessoas que deveriam ser ajudadas por se encontrarem em situação precária, débil, frágil.
  • Indignada
    30 jan, 2017 Fog. Foz 23:52
    Não foi discutido nem consta dos programas, pois os democratas, honestos como são preferem tomar medidas críticas nas costas dos Portugueses. Assim se vê como somos consultados, como mandamos..., mas há muito acéfalo que julga que manda. E não vai a votos porque sabem que perdem... e não querem, nem respeitam a vontade popular!
  • João Lopes
    30 jan, 2017 Viseu 21:38
    A eutanásia e o suicídio assistido são diferentes formas de matar. Os médicos existem para defender a vida, não para matar nem serem cúmplices do crime de outros.
  • LUA
    27 jan, 2017 OVAR 14:47
    "Preparei-me para a minha morte e deixei claro que não desejo ser mantida viva a qualquer custo. Espero ser tratada com compaixão e que me seja permitido partir para a próxima fase da jornada da vida da forma que eu escolher." Sou um ser livre e tenho o direito à escolha e não imposição das leis!

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