23 jan, 2017 - 15:38
A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) vai analisar o estudo da Deco sobre a carne picada vendida nos talhos e admite tomar medidas de fiscalização suplementar se tal se justificar.
A Deco apelou esta segunda-feira aos consumidores para que não comprem hambúrgueres já picados nos talhos, onde encontrou bactérias nocivas e aditivos alergénicos usados para fingir que a carne é fresca. A associação pede mesmo a proibição da venda de carne já picada.
Em declarações à Renascença, o inspector-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, recusou entrar num cenário de alarme.
"É um sector com vários incumprimentos mas dai a termos uma situação de alarmismo que obrigasse a declarar ou decretar encerramento deste tipo de estabelecimentos ou a proibição da comercialização deste tipo de produtos… Não temos dados que nos possam permitir uma decisão neste sentido”, explicou.
Pedro Portugal Gaspar considera ainda que o estudo da Deco é um bom contributo para a defesa do consumidor e que o vai remeter para o conselho científico da ASAE.
"Analisaremos o estudo e remeteremos para o Conselho Científico e, se necessário for, tomaremos medidas de fiscalização suplementar", afirmou o responsável.
Pedro Portugal Gaspar considerou também que esta é uma matéria "já sinalizada" pela ASAE e que tem sido muito acompanhada pelas autoridades.
Segundo este responsável, em 2016 foram inspeccionados uma média de dois talhos por dia, num total superior a 600.