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Milhares na rua contra Trump. Na América, mas não só

21 jan, 2017 - 18:41

A designada Marcha das Mulheres é um protesto que se realiza este sábado em mais de 60 países.

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Milhares na rua contra Trump. Na América, mas não só

Milhares de pessoas encheram avenidas e praças por todo o mundo, de Londres a Sidney, contra o novo presidente dos EUA, Donald Trump, em manifestações que também são de solidariedade para com o protesto que acontece em Washignton.

A designada Marcha das Mulheres é um protesto que se realiza este sábado em mais de 60 países e que se junta à marcha que acontece em Washington, um dia depois do controverso multimilionário Donald Trump ter prestado juramento como 45.º Presidente dos Estados Unidos.

Na capital norte-americana, dezenas de milhares de mulheres mostram já mensagens como "As mulheres não recuarão" e "Menos medo, mais amor" e criticam a postura de Trump em questões como aborto, diversidade cultural e mudanças climáticas.

"Hoje marchamos pelo núcleo moral desta nação, contra a qual o nosso novo presidente está a travar uma guerra", disse a conhecida actriz America Ferrera perante os protestantes em Washington, considerando que uma "plataforma de ódio e divisão" assumiu o poder na Casa Branca, mas que não representa o país. "Somos a América e estamos aqui para ficar", afirmou.

De acordo com as agências de notícias, há sinais que mostram que os manifestantes em Washington contra Trump poderão superar aqueles que assistiram à tomada de posse. Os organizadores do protesto aumentaram mesmo a estimativa de participantes para 500 mil perante as multidões que quase entopem o metro da cidade.

Também na Europa decorrem protestos nas principais cidades.

Em Londres, apesar do frio e sob um grande sol, um grande cortejo iniciou o protesto na Embaixada dos Estados Unidos com destino a Trafalgar Square, com o presidente de Câmara de Londres, Sadiq Khan, entre os manifestantes.

"Quero que a maioria dos americanos que não votaram nele saibam que têm o apoio de todo o mundo", disse Oliver Powell, um actor de 31 anos que descreveu o novo presidente da maior potência do mundo como uma pessoa "hedionda".

Hannah Bryant, que trabalha num museu, marchou acompanhada da filha de quatro anos, ambas vestindo um "Pussyhat", gorros de lã com orelhas de gato que se tornaram um símbolo da oposição a Donald Trump.

O termo "pussy" significa em inglês um pequeno gato ou, de forma pejorativa, o sexo feminino. Esta palavra foi usada por Donald Trump num vídeo que causou escândalo em Outubro, onde o milionário se gabava de ser capaz de agarrar as mulheres por onde ele quisesse.

"Eu ensino à minha filha as noções de igualdade e preconceito e quero mostrar quantas pessoas compartilham as nossas convicções", disse Bryant.

Já Sarah Macdonald, de 51 anos, considerou esta manifestação uma "mensagem de esperança".

"O que vai galvanizar os partidos progressistas, democratas e os partidos de esquerda que neste país têm fracassado nas urnas. O que nos resta? Manifestar", considerou.

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  • António Costa
    22 jan, 2017 Cacém 12:31
    "As mulheres não recuarão" e "Menos medo, mais amor" e é isso que o Islão lhes dá? Serem espancadas pelos vizinhos quando chegam a casa depois do por do Sol? Serem tratadas pior do que animais de carga? As ideias do presidente Câmara de Londres, Sadiq Khan são "melhores" do que as de Trump?
  • manuel
    22 jan, 2017 lisboa 00:57
    As muheres em portugal deviam era manifestar-se contra a violencia domestica pq em 2016 umas dezenas foram assassinadas pelos seus queridos. Deixem o Trump em paz e preocupem-se com o que vos esta acontecer no nosso pais. Sao tratadas como muçulmanas. Critiquem os nossos politicos que sao incompetentes para acabar com este flagelo. Estao mais preocupados com a lotaçao das cadeias e as condiçoes dos meninos. Mulheres abram os olhos e nao se deixem arrastar para lutas que nao sao vossas.
  • Bela
    21 jan, 2017 Coimbra 22:04
    Graças a Deus que estas pessoas são democratas! Imagine-se se não fossem? Nunca época em que se fala tanto contra o bullying, como se deve considerar a atitudes destes manifestantes? Comparo estas pessoas às que nos anos cinquenta e sessenta, faziam manifestações anti-comunistas.
  • agostinho v couto
    21 jan, 2017 usa 21:53
    Haja alguem que diga a estas ,ditas senhoras o que e a democracia que pelos vistos elas nao sabem nem fazem idea do que e isso ,,candidatou-se ,foi eleito e o ,,novo presidente ,,ponto final para que tanta ,,patetice tanta ,estupidez tanta ignorancia a uns tempos atraz eram umas tal fimem ou qualquer coisa parecida ,,sempre a fazer ,,palhacada mostrar ,,as curvas etc ,,enfim simplesmente ,,estupidez ,,, mas em todo o caso aquelas que nasceram na America ainda se lhes da ,um desconto ,,quanto as restantes dizem que sao de 60 paises , o que e que elas teem a ver com a America metam-se com os assuntos dos vossos paises e deixem a America e o seu presidente ,,democraticamente eleito em paz ,,para confusoes ja chegam os que aqui estao ,,metm- na vossa vida e deixem-nos em paz e sossego ,,,

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