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“Misericórdia” domina encontro da Pastoral Penitenciária

20 jan, 2017 - 23:29 • Paula Costa Dias

Segundo D. Joaquim Mendes, o Ano Jubilar da Misericórdia trouxe uma nova forma de olhar para os que estão presos.

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Teve início em Fátima o 12º Encontro Nacional da Pastoral Penitenciária. Sobre o tema da Misericórdia, o encontro faz o balanço daquilo que foi feito nas prisões portuguesas em resposta ao desafio do Papa ao criar o Ano Jubilar da Misericórdia e procura traçar rumos para o futuro.

Segundo D. Joaquim Mendes, o Ano Jubilar da Misericórdia trouxe uma nova forma de olhar para os que estão presos. O bispo da comissão episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, que tutela a área das prisões, disse à Renascença que se procurou sensibilizar os que trabalham nesta área para a necessidade de imitarem Jesus, com um olhar diferente do habitual. Um olhar, disse o bispo, “de não julgar, não condenar, do acolher, do escutar com o coração e de amar, porque este é também o modo de ajudar a olhar o futuro com mais esperança”.

A peregrinação de reclusos a Fátima e a ida de presos portugueses, funcionários das cadeias e colaboradores da pastoral penitenciária ao Vaticano para participarem no Jubileu dos reclusos foram algumas iniciativas que se enquadram nesta nova forma de estar. Mesmo assim, muito está ainda por fazer nas prisões portuguesas.

Para D. Joaquim Mendes é preciso “primeiro qualificar a nossa presença nos estabelecimentos prisionais”. Depois “coordenar a acção do movimento dos cristãos na cadeia, organizarmo-nos melhor para podermos fazer melhor”. O objectivo, disse o bispo são “as pessoas, os reclusos e a ajuda que lhes queremos prestar.”

Neste primeiro dia do encontro foi apresentado um projecto de autoconhecimento, promoção pessoal humana e espiritual que a associação Nova Humanitas levou a cabo no Estabelecimento Prisional Regional de Bragança. Amanhã será a vez de ex-reclusos darem o testemunho da importância que a pastoral penitenciária teve enquanto estiveram na cadeia e, em termos de reinserção, quando saíram.

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