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Secretário de Estado garante que a “maioria funciona bem”

19 jan, 2017 - 19:34 • Susana Madureira Martins

À Renascença, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares recusa apresentação de moção de confiança e responde a Francisco Assis, que defendeu eleições para resolver impasses da esquerda.

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O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, considera que a maioria de esquerda “funciona bem”, com confiança entre as partes, e recusa, assim, a apresentação de uma moção de confiança por parte do Governo, como sugeriu esta quinta-feira o deputado Paulo Trigo Pereira, na reunião da bancada parlamentar do PS.

“O PS é muito grande, o grupo parlamentar tem deputados com opiniões próprias. O que posso dizer é que esta maioria funciona bem, há confiança entre todas as partes e há muito trabalho para fazermos em conjunto para melhorarmos a vida dos portugueses. O que devemos é fazer o nosso trabalho com naturalidade e aceitar, também com naturalidade, as discordâncias que fazem parte de uma democracia madura como a nossa”, afirmou o secretário de Estado em declarações à Renascença.

O responsável pelas relações com os partidos da esquerda também recusa a ideia lançada esta quinta-feira por Francisco Assis, que defendeu eleições antecipadas como forma de ultrapassar problemas à esquerda, como o que está a acontecer com a polémica sobre a descida da Taxa Social Única (TSU) como contrapartida do aumento do salário mínimo.

Pedro Nuno Santos reconhece coerência a Francisco Assis, que sempre esteve contra esta solução de esquerda, mas diz que tem dificuldade em compreender que se queira agora “desbaratar a estabilidade” que o país conseguiu.

“Isso não tem absolutamente sentido nenhum. Temos hoje uma solução de Governo que está a produzir resultados importantes para o povo português e não só recuperamos rendimentos e direitos, como temos uma economia a criar emprego líquido, ao mesmo tempo que vamos atingir o défice orçamental mais baixo da democracia portuguesa”, argumenta Pedro Nuno Santos.

A realidade “prova todos os dias que esta foi a melhor opção para o PS e para o país”, reforça.

Perante a rejeição do PCP, Bloco e PSD da descida da TSU, o secretário de Estado recusa, para já, falar noutras soluções como a que o CDS está a preparar.

“Vamos esperar pelo debate. O que posso dizer por parte do Governo é que há um decreto-lei que foi aprovado, que foi promulgado pelo Presidente da República e que foi publicado, e que é o resultado do compromisso que o Governo assumiu perante patrões e a UGT. Esse é o resultado da negociação que desejamos que possa ser cumprido. Agora a bola está do lado da Assembleia da República e temos um elevado respeito pela independência e pela centralidade que tem na nossa democracia a Assembleia da República.”

Apesar da confiança que diz haver na maioria de esquerda, o governante reconhece que tem negociações duras pela frente, como também antecipou José Abraão, sindicalista e membro da comissão política do PS, em entrevista à Renascença.

“As negociações são sempre duras porque as partes num processo negocial, quando têm convicção e elas são fortes batem-se pelas suas ideias e pelas suas propostas, por isso não esperamos nenhuma negociação fácil. O que temos a certeza é que as partes que têm permitido esta solução existir estão verdadeiramente interessadas em produzir resultados, em construir trabalho comum”, afirma Pedro Nuno Santos.

“É o que fizemos até agora e o que continuaremos a fazer até 2019”, garante.

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  • Marina Silva
    20 jan, 2017 rabo de peixe Açores 19:37
    Este piâo do costa é o homem de ligaçâo à chamsda geringonça e homem do ouvido do costa e naAss. da Rep. o homem que sopra ao ouvido do costa e lhe dá as cartas de orientaçâo para nâo se perder na narrativa.Ou seja o Pai espiritual da geringonça.

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