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​“Vai ser um ano duro e difícil”, avisa sindicalista do PS

19 jan, 2017 - 19:07 • Susana Madureira Martins

José Abraão confia no cumprimento do acordo feito na concertação social, mas acredita que relação entre sindicatos, Governo e partidos à esquerda vai tornar-se mais difícil.

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“Vai ser um ano duro, um ano difícil”. O aviso é de José Abraão, dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP, afecta à UGT), mas também membro da comissão política do PS. Em declarações à Renascença, o sindicalista manifesta confiança no cumprimento no acordo feito na concertação social para o aumento do salário mínimo sobre o qual falou, na segunda-feira, com o primeiro-ministro na reunião da comissão política do PS.

Nessa conversa, relata José Abraão, António Costa manifestou-lhe confiança na maioria que apoia no Governo e na concertação de posições.

“O cumprimento do acordo que foi celebrado em sede de concertação social da nossa parte foi um acordo celebrado de boa-fé porque ia ao encontro da defesa dos interesses dos trabalhadores e, quanto às implicações, estou convicto de que o acordo há- de ser cumprido, em beneficio dos trabalhadores, mas também em beneficio do reforço do papel da concertação social, do diálogo social, que é importante para ao país, mas é importante para os trabalhadores que efectivamente representamos”, diz o sindicalista, para quem é importante que o espaço da concertação social continue a ser reforçado.

José Abraão diz, contudo, que a polémica à volta do desconto na Taxa Social Única (TSU) como contrapartida pelo aumento do salário mínimo é um sinal de como se vai complicar a acção do Governo.

“É evidente que, da nossa parte, percebemos que vai ser um ano duro, um ano difícil. É um ano em que, por exemplo, nós na admiração pública estamos envolvidos e esperamos que as matérias relativas ao congelamento das carreiras e às promoções sejam calendarizadas”, afirma José Abraão.

O socialista deixa também o seu próprio aviso ao Governo. “Enquanto sindicatos, se não houver negociação, se não houver acerto de posições que vão ao encontro dos interesses dos trabalhadores, é evidente que estamos dispostos e disponíveis para lutar pelo que consideramos ter direito. Antes de mais, a negociação colectiva e a negociação em concreto da administração pública, mas também com resultados”, avisa.

“Não é só negociação para irmos ocupando algum do nosso tempo”, remata.

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