Tempo
|
A+ / A-

Avalanche soterra hotel em Itália. "Socorro, estamos a morrer de frio", dizia um SMS

19 jan, 2017 - 08:00

Autoridades falam em "vários mortos". União Europeia oferece ajuda.

A+ / A-
Avalanche soterra hotel em Itália
Avalanche soterra hotel em Itália

Cerca de 30 pessoas estão desaparecidas e dezenas de pessoas podem ter morrido após uma avalanche ter soterrado um hotel em Pescara, no centro de Itália, esta quinta-feira de madrugada.

As equipas de resgate, citadas pela agência italiana ANSA, falam em "muitos mortos" e um cadáver foi já resgatado.

"Às 4h30, equipas de resgate formadas por homens de grande coragem chegaram ao hotel numa autêntica situação limite e conseguiram aceder ao edifício, colocando dois sobreviventes em segurança”, relata Fabrizio Curcio, director da Protecção Civil italiana.

O Hotel Rigopiano situa-se no maciço de Gran Sasso, a 1.300 metros de altitude, na cordilheira dos Alpeninos, a cerca de 45 quilómetros da cidade costeira de Pescara. Segundo a Protecção Civil, estavam registados 22 hóspedes no hotel, entre as quais duas crianças. No edifício estariam ainda de sete funcionários.

Duas pessoas estariam no exterior na altura da avalanche e conseguiram escapar. Um dos sobreviventes, Giampaolo Parete, de 38 anos, disse aos médicos que escapou à avalanche por ter tido necessidade de ir ao carro e que, no interior do hotel, ficou a sua mulher e dois filhos, explica a ANSA.

A agência dá conta de mensagens de socorro enviadas pelos hóspedes. "Socorro, estamos a morrer de frio", relatam.

De acordo com o site do canal de televisão TG COM 24, as ambulâncias estiveram bloqueadas a nove quilómetros do local, devido à camada de neve de dois metros que impede a circulação.

As equipas de socorro no local já conseguiram entrar no edifício e trabalham agora a contrarrelógio, com muita cautela, pois o que resta do hotel está em risco de cair. A imprensa italiana refere que os elementos das equipas têm chamado por sobreviventes mas sem conseguirem ouvir uma resposta.

O Hotel Rigiopiano, em Farindola, foi atingido por uma avalanche depois de vários sismos de magnitude superior a 5 graus na escala de Richter terem sacudido o país.

Esta região situa-se a cerca de uma centena de quilómetros de Amatrice, que na quarta-feira foi abalada por uma série de terremotos, sentidos em Roma, que fica a 180 quilómetros do epicentro.

Em 2016, o país foi atingido por vários sismos. O mais devastador registou-se a 24 de Agosto, em Amatrice, na sequência do qual morreram cerca de 300 pessoas e várias cidades e aldeias das regiões de Lazio e Marche ficaram destruídas.

União Europeia pronta a ajudar

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou esta quinta-feira que a União Europeia está pronta para mobilizar todos os meios ao seu dispor para ajudar Itália.

“Em nome de toda a Comissão Europeia, reitero a nossa solidariedade para com o povo e as autoridades italianas. Faremos tudo o que pudermos para ajudar neste momento difícil. A UE não deixará a Itália enfrentar sozinha esta tragédia”, afirmou Jean-Claude Juncker, numa mensagem divulgada em Bruxelas.

Afirmando que “a UE está pronta a mobilizar todos os instrumentos ao seu dispor”, Juncker anunciou que já pediu ao comissário responsável pela Ajuda Humanitária e Gestão de Crises, Christos Stylianides, “para estar em permanente contacto com as autoridades nacionais, para mobilizar qualquer apoio que seja solicitado”.

“Um sismo em Itália é um sismo no coração da Europa”, disse Juncker, que enviou as condolências “a toda as famílias e amigos” das vítimas de mais um sismo no centro de Itália.


[notícia actualizada às 15h00]

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+