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​Sucessão de Schulz e saída britânica marcam o dia

17 jan, 2017 - 11:23

Dois assuntos prometem marcar a actualidade desta terça-feira: a eleição do novo presidente do Parlamento Europeu e as explicações de Theresa May sobre como vai fazer o brexit.

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Revista de Imprensa de temas europeus (17/01/2017)

Começamos pela eleição do futuro presidente do Parlamento Europeu que, nas últimas horas, teve desenvolvimentos importantes. Desde logo, a desistência de Guy Verhofstadt. O líder parlamentar dos Liberais no parlamento de Estrasburgo anunciou o abandono da corrida à sucessão de Martin Schulz. De acordo com a edição online do jornal “Público”, ex-Primeiro ministro belga e líder da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa anunciou a desistência da sua candidatura como resultado de um entendimento entre o seu grupo parlamentar e o Partido Popular Europeu. O grupo parlamentar conservador é o que tem maior expressão no parlamento de Estrasburgo e propõe António Tajani. O antigo comissário para Industria leva vantagem sobre os outros cinco candidatos, uma vez que o PPE e a Aliança dos Democratas e Liberais juntam 285 dos 751 assentos no Parlamento Europeu. As próximas horas serão determinantes para compreender o sentido de voto dos eurodeputados nesta eleição.

No dia em que concorre à liderança do Parlamento Europeu, Antonio Tajani defendeu, entretanto, uma Europa mais democrática. Foi já esta manhã. O antigo comissário para a Industria defendeu perante o plenário de eurodeputados que "não podemos ficar fechados num castelo" e que é preciso aproximar a Europa dos cidadãos. São os sublinhados da edição online do “Diário de Notícias” que acrescenta as prioridades de Tajani, caso seja eleito: combate ao terrorismo, política energética, negociação do Brexit e crescimento do emprego. E sobre este ponto, o antigo comissário sublinha que não há liberdade, nem dignidade sem trabalho.

Quanto ao Brexit, Theresa May explica daqui a pouco como vai tirar o Reino Unido da União Europeia. É uma verdadeira prova de fogo para a Primeira-ministra britânica. O país abriu a porta de saída do projecto europeu em Junho do ano passado. De lá para cá, o discurso oficial oscilou entre a determinação e as dúvidas. Segundo o jornal “Economic Times”, a chefe do Governo de Londres deverá fazer um discurso sem qualquer margem para equívocos. “Brexit é Brexit”. E por isso, vários analistas citados por esta publicação acreditam que Theresa May vai dizer aos britânicos que quer tirar o país do mercado único, assumir o controlo sobre a imigração e retirar o Reino Unido da jurisdição do Tribunal de Justiça da União.

De resto, esta manhã, as agências internacionais como a France Presse antecipam partes do discurso que será proferido esta manhã. E esta, Oscar, será a meu ver a mais significativa, e estou a citar, “nesta nossa saída da União Europeia, não aceitamos manter partes da nossa pertença ao projecto”. É o chamado hard Brexit que Theresa May vai anunciar hoje aos britânicos e à Europa.
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