Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

TSU. PS acusa PSD de desrespeito pela concertação social

15 jan, 2017 - 22:26

Ana Catarina Mendes lamenta “cambalhota” social-democrata e recorda posição do partido em 2014.

A+ / A-

A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, diz que até ao próximo debate parlamentar é preciso saber de que lado está ao PSD e que caminho quer trilhar o partido que acusa de desrespeito pela concertação social.

"O que está em causa neste momento é saber de que lado está o PSD, se está a favor de um acordo e do respeito pela concertação social", afirmou Ana Catarina Mendes, sublinhando que num "acordo é sempre preciso uma negociação e que fique a contento de todas as partes".

Questionada pela Lusa sobre a advertência do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, de que o PS não contará com o seu voto caso os partidos que completam a maioria de esquerda peçam a apreciação parlamentar do diploma que reduz a Taxa Social Única (TSU) das empresas, a secretária-geral adjunta do PS disse não se compreender que "o PSD tenha hoje, mais uma vez, uma atitude de desrespeito pela concertação social e uma atitude de falta de consideração pelo diálogo que foi atingido junto dos parceiros sociais".

A descida da TSU está prevista no acordo de concertação social que consagrou o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), mas tanto o Bloco de Esquerda como o PCP admitiram levá-la ao parlamento, caso o Governo insista na redução da Taxa para as empresas como forma de compensá-las pelo aumento do SMN."

"Até ao próximo debate parlamentar é preciso perceber que caminho quer o PSD trilhar", e se, ao contrário do PS que " esteve sempre do mesmo lado, sempre a favor do diálogo social, do valor da concertação social e dos seus parceiros sociais", o PSD "vai agora deitar fora aquilo que já no passado afirmou", disse.

Ana Catarina Mendes falava à agência Lusa, à margem da apresentação do candidato socialista, Luis Patacho à câmara das Caldas da Rainha, nas próximas eleições autárquicas.

Perante dezenas de militantes e simpatizantes do partido a secretária-geral adjunta do PS, lembrou a "cambalhota" de Pedro Passos Coelho "sobre aquilo que é o papel da concertação social", para questionar " que políticos são estes, que oposição é esta, e que serviço presta à democracia?"

Em 2014, recordou, Pedro Passos Coelho "afirmava que o que é bom para os parceiros sociais é bom para os partidos políticos". Agora, reforçou, "é preciso perguntar o que mudou entre 2014 e 2017", considerando que, "certamente o que mudou é [o PSD] não gostar de ver o aumento do salário mínimo", concluiu.

O acordo obtido pelo Governo socialista e parceiros em Dezembro na concertação social, à excepção da CGTP, prevê uma subida do Salário Mínimo Nacional para 557 euros e a descida da Taxa Social Única em 1,25 pontos percentuais.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Carlos Frazão
    17 jan, 2017 Lisboa 11:47
    Duas catarinas no mesmo pote? qual delas será mais desmiolada? Já não sei. Mas também não interessa o PS escolheu os parceiros ao seu nivel..
  • Pimenta nos olhos...
    17 jan, 2017 Porto 11:33
    Segundo esta senhora oportunista que antes se encostava a outro senhor e depois passou a fugir dele como o diabo da cruz: "acordo é sempre preciso uma negociação e que fique a contento de todas as partes". Ora, esta senhora não deveria entender como ficando a contento de todas as partes...ficar a contento dos seus apoiantes? Ora, então esta senhora pretende usurpar o poder dado pelo povo Portugues e criar uma "Maioria parlamentar" mas, quando essa maioria não se entender quer que aqueles que não deixou governar os apoie...Então não? Vá chamar estupido a outro! Por mim o PSD deveria ter tido esta posição desde inicio, tal como, o PS sempre teve na oposição em vez de lhes ter facilitado a vida em ocasiões anteriores!
  • joao123
    16 jan, 2017 lisboa 20:33
    Vicente Damas quem deu cabo do país foi o PS em 2011 , ou você acha que um país vai à pré-bancarrota e não se passa nada ? Não existem consequências nos anos seguintes ? Era só mudar de primeiro-ministro e a festa continuava ? A gastar por ano 20 mil milhões de euros emprestados ?
  • Anónimo
    16 jan, 2017 Viseu 15:29
    Este PS, sempre esperou ter o apoio da DIREITA no que tocasse a lixar o mais pequeno, portanto espero que o PSD lhes d^e com os pés e se o fizerem, terão o meu voto em próximas eleições
  • Martins
    16 jan, 2017 LX 14:32
    Momentos inesquecíveis de humor!... obrigado PS!! por terem um governo de esquerda/extrema esquerda e agora quererem também meter no mesmo comboio a direita que tanta urticária vos provoca!
  • João Lopes
    16 jan, 2017 Viseu 12:44
    Pede-se aos socialistas um mínimo de coerência ideológica e estratégica. São governo, porque se aliaram aos comunistas do PCP e do Bloco. Agora não podem pedir ajuda ao PSD que ganhou as últimas eleições e o não deixaram governar...
  • Vicente Damas
    16 jan, 2017 Angra do Heroísmo 12:02
    O PSD chegou ao pote em 2011 dando cabo de Portugal. Em 2017 não se importam de fazer o mesmo. Quanto pior melhor. Mas vão partir os dentes desta vez. Ai vão vão.
  • js
    16 jan, 2017 PORTO 09:00
    "é preciso perguntar o que mudou entre 2014 e 2017" JÁ AGORA, MUDOU O GOVERNO E NÃO ERA PARA CONTINUAR A FAZER O MESMO. jà agora, onde FICA O RESPEITO PELA ASSEMBLEIA, DA REPUBLICA,
  • Tito Vladimiro
    16 jan, 2017 Aveiro 08:28
    O PSD está de cabecinha perdida, já não sabe que inventar para aparecerem na TV.
  • joao123
    16 jan, 2017 lisboa 03:24
    Será que não são o PCP e o BE, que para além de não estarem a respeitar o seu governo de coligação PS, também não estão a respeitar a concertação social ? Então já não se entendem em matérias " tão importantes" ? Só se entendem para fazer reversões, dar dinheiro à função pública, inventar novos impostos e subir outros...?

Destaques V+