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Portugal quer mais cooperação com a Índia na investigação oceanográfica

11 jan, 2017 - 10:36 • Susana Madureira Martins , a acompanhar a visita do primeiro-ministro à Índia

O primeiro-ministro está em visita oficial, que o vai levar a reencontrar-se com familiares que ainda residem em Goa.

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O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que um dos principais objectivos da sua presença em Goa é desenvolver como área de investimento a cooperação ao nível da investigação oceanográfica, designadamente no campo da robótica.

António Costa falava aos jornalistas antes de visitar o Instituto Oceanográfico de Goa, que tem uma parceria já há 15 anos com o instituto dos Açores, ocasião em que foi acompanhado pelo ministro da Ciência e do Ensino Superior, Manuel Heitor.

"Vejo agora com outros olhos e com outras funções o futuro da nossa relação com Goa. Hoje faz sentido olharmos para o futuro. Uma das grandes áreas de investimento que temos nesta visita é procurar estabelecermos o relacionamento com o Instituto de Oceanografia de Goa, com quem temos feito um trabalho nos últimos 15 anos, designadamente ao nível da robótica submarina", declarou.

O governante especificou depois que o Governo português pretende desenvolver e aprofundar relações com o instituto goês no que concerne ao estudo do mar profundo.

"Portugal tem uma das maiores plataformas continentais do mundo. A política do mar é uma área de grande futuro para Portugal e esta cooperação com Goa poderá ser absolutamente estratégica", justificou.

Ainda sobre os seus dois dias de presença em Goa, António Costa colocou entre as suas prioridades "contribuir para a preservação de uma herança cultural comum, que já está expressa em vários sinais da arquitectura e em diferentes manifestações culturais".

"É preciso continuar a estreitar e desenvolver esse quadro de relações. Estamos agora concentrados no futuro e queremos valorizar essa herança comum", acrescentou.

O filho da terra que chegou a primeiro-ministro

Neste dia da visita de António Costa ao Estado de Goa, na Índia, a deslocação assume um carácter mais pessoal, uma vez que é ali onde o primeiro-ministro tem raízes.

“A Índia valorizou muito o facto de, pela primeira vez, haver na União Europeia um primeiro-ministro de origem indiana. Foi exactamente por isso que o primeiro-ministro Modi tomou a iniciativa de fazer o convite para esta visita logo a seguir a eu ter tomado posse e o elevado nível político que quiseram atribuir a esta visita”, diz.

Costa está na Índia como político mas as raízes não o deixam indiferente. “Há limites para a desumanização do primeiro-ministro. Claro que tenho emoções, vou reencontrar familiares, reencontrar o sítio onde o meu cresceu, encontrar pessoas que conheci com ele, ver espaços que aprendi a conhecer pela primeira vez com ele, coisas que aprendi a perceber com ele e isso, obviamente, é emocionante”, revelou aos jornalistas.

Comentários
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  • Mario
    11 jan, 2017 Portugal 12:11
    Temos bons cientistas nessa área mas serão postos de parte para dar prioridade aos conterrâneos dele.

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