05 jan, 2017 - 12:50
José Leirós, antigo árbitro e comentador de arbitragem, faz um balanço negativo das arbitragens nos jogos desta semana de Taça da Liga e do actual estado da arbitragem nacional.
Em declarações à Renascença, José Leirós aponta o dedo às más decisões dos árbitros, mas também ao Conselho de Arbitragem. “As nomeações são controversas. Foram controversas em Moreira de Cónegos e em Setúbal. Árbitros sem experiência e sem categoria. Deviam estar a ganhar experiência noutras divisões. Alguém tem que tomar medidas porque a arbitragem portuguesa atingiu o colapso. Os erros são colossais e já somos anedota a nível mundial. Está a ser terrível para quem gosta de arbitragem”, lamenta.
Leirós defende que o penalti assinalado por Rui Oliveira no Bonfim, que deu o segundo golo do Vitória de Setúbal e eliminação do Sporting da Taça da Liga, é um erro grave: “Tudo indica que foi o árbitro assistente que deu uma indicação errada. Não há qualquer falta. Há uma disputa de bola no ar e umas mãos nas costas de Douglas, que não é um empurrão, nem carga, nem tão pouco toque nos pés. É mais um erro. A arbitragem está um caos. É um momento triste."
Sobre os erros de Luís Godinho no Moreirense-Porto, José Leirós reconhece que os portistas têm razões de queixa na expulsão de Danilo e no penalti não assinalado sobre André André.
“O árbitro devia ter pedido desculpa ao jogador do FC Porto por ter chocado com ele. E não fez isso. Virou-se desesperado para expulsar Danilo, um campeão europeu, que tem tido um comportamento muito educado em campo. A APAF diz que não é assim e que os jogadores precisam de ser sancionados. A liderança da arbitragem portuguesa está uma grande confusão. Nesse jogo, também há o pontapé de penalti por assinalar no puxão do braço a André André. Todo o estádio viu. O árbitro estava mal colocado. É um rapaz novo que tem de correr e esforçar-se. O árbitro assistente viu e não assinalou. Em Setúbal, o assistente assinalou errado. É um caos o que está a acontecer”, declara.