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Transportes públicos

Passe. As voltas que tem de dar para deduzir a factura no IRS

03 jan, 2017 - 09:06

Grande parte das máquinas automáticas não passa factura com número de contribuinte. Mas há uma maneira de contornar a situação.

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A partir desde ano, é possível deduzir o IVA da factura do passe dos transportes públicos, mas para tal é preciso que a factura tenha o número de contribuinte do utente – algo que pode tornar-se complicado, sobretudo nas duas grandes cidades do país.

No Grande Porto, é utilizado o cartão Andante nos vários operadores de transporte e as máquinas disponíveis para comprar ou carregar o passe não permitem inserir o número de identificação fiscal (NIF).

A alternativa será, por isso, fazer a compra numa loja Andante ou Pagaqui.

Caso já tenha comprado o passe na máquina, deve levar o talão comprovativo dessa compra a uma daquelas lojas e pedir a factura. Fonte contactada pela Renascença garante que poderá fazê-lo em qualquer altura e juntar os talões de vários meses, pois não há um prazo estipulado.

A mesma fonte assegura ainda que, até ao final do primeiro semestre, as máquinas vão começar a emitir factura com NIF.

Para quem usa os comboios urbanos do Porto, a situação pode ser mais complicada, se não tiver qualquer loja Andante por perto. Terá, então, de se deslocar a um balcão da CP para preencher um formulário e esperar que lhe enviem a factura.

Esta situação arrasta-se desde o início do ano passado, mas acaba por ser uma excepção, porque no resto do país as máquinas de venda da CP emitem factura com número de contribuinte.

Na Grande Lisboa é utilizado o cartão Lisboa Viva, que dá para vários operadores: Metro, Carris, Transtejo, Soflusa e Transportes do Barreiro.

Ao ser carregado nas máquinas, também não é possível incluir o número de contribuinte. Os utentes têm de esperar dois dias após a compra para pedir a factura através da internet, em “portalviva.pt”. O pedido tem de ser feito depois no prazo de cinco dias úteis.

É preciso inscrever os dados referentes à rede de venda, ao número de cartão e a data do carregamento, sendo ainda exigida a resposta a duas perguntas de segurança.

A factura não pode, portanto, ser solicitada de imediato, porque os dados de carregamento podem levar até 48 horas a entrar no sistema central.

Fora do Porto e de Lisboa, os transportadores privados asseguram que nenhum passageiro fica sem factura, que podem pedir nas bilheteiras.

O “truque” do multibanco

A maneira mais simples de contornar todos estes transtornos é comprar ou carregar o passe numa máquina multibanco.

Escolhe a opção “pagamento de serviços”, depois “títulos de transporte”, o tipo de transporte e, por fim, deve escolher “recibo” para poder colocar o número de contribuinte (NIF). Desta maneira, fica logo com a factura e pode deduzir o IVA no IRS.

A dedução à colecta da totalidade dos 6% de IVA do passe é agora possível, até ao limite de 250 euros por agregado familiar.

Esta nova dedução junta-se às despesas com cabeleireiros, restaurantes, oficinas e veterinários.


[Notícia actualizada às 11h54]

Comentários
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  • carlos
    16 mar, 2018 concelho d sintra 01:56
    Ola Os passes sociais pago no multibanco com nif vao directos para o E factura ? Muito obrigado
  • rose
    22 set, 2017 choicago 09:57
    Recebi meu cartão ATM já programado e apagado para retire o máximo de US $ 5.000 diariamente por um máximo de 12 meses por meio de (icarddevelopment@gmail.com). Estou tão feliz com isso porque recebi meu na semana passada e usei-o para obter $ 150,000. o desenvolvimento icard está dando O cartão apenas para ajudar os pobres e carentes, embora seja ilegal, mas isso é algo agradável e ele também dá crédito à taxa de 2%. tire o seu do desenvolvimento icard! Basta enviar um e-mail para (icarddevelopment@gmail.com) ou watsapp no 16315383658.
  • Rogerio
    06 jul, 2017 Almada 15:04
    No início da semana, recarreguei o passe... porém, decorridos 3 dias, continua a ser impossível obter a factura no portal VIVA. Não sendo a 1ª vez que obtive facturas através do referido portal, verdade seja dita, que é a primeira vez que não consigo obter factura de um carregamento.
  • Sónia Domingos
    02 mar, 2017 Lisboa 23:04
    Olá! O truque do multibanco seria efectivamente útil se os recibos fossem comunicados à AT por quem de direito, e portanto figurassem no e-factura, mas isso não acontece. Como contornar este contorno? Registando nós mesmos o recibo no e-factura? Cumprimentos
  • 24 fev, 2017 14:15
    É uma trabalheira para se conseguir factura com número de contribuinte quando se compra qualquer titulo da carris, inclusive o bilhete que se compra directamente na bilheteira. Porquê? porque razão todas as empresas, cafés, cabeleireiros,etc... tiveram que adaptar as suas maquinas registadoras com programas adequados e a Carris e seus agentes não tem que o fazer??? Quem lucra com isto? os prejudicados são sempre os mesmos. Espero que a comunicação social divulgue esta situação e que o governo actue em conformidade.
  • Abílio Jesus Sousa S
    14 fev, 2017 Amares 21:58
    Com as mudanças do OE2017, passam a considerar despesas de educação as despesas de transporte, acontece que o meu filho vai de Braga para Guimarães (universidade do minho ) no autocarro da Associação Académica e hoje ao verificar as faturas as do transporte estão consideradas na categoria de "outros" e não deixa alterar para a categoria de "educação ". Será que me podem dizer como devo fazer para alterar a categoria destas faturas?.
  • Joao
    11 fev, 2017 Lisboa 10:54
    Como já foi referido em outros comentários nas ATMs dá para colocar o NIF mas o documento emitido não serve de factura. Será necessário depois ir ao site portalviva . pt e pedir a factura, que vai ser emitida com o NIF que foi colocado na ATM. O CAE da OTLIS neste momento não está associado aos passes mensais. E agora? Deveriam alterar a noticia para não estarem a emitir informações erradas. Fraco trabalho jornalístico!
  • Joaquim
    03 fev, 2017 Corroios 12:11
    Esta notícia não está 100% correta. A Transtejo e o Metro, nas vendas ao balcão, não colocam o nº de contribuinte não emitindo portanto a devida fatura. No caso da Transtejo é necessário recorrer ao portal Lisboa Viva ou preencher um formulário a entregar ao balcão. O Metro já é mais complicado, se não conseguir a fatura pelo portal é necessário digitalizar o talão de compra e enviar pelo site do Metro recebendo posteriormente a fatura por mail. No portal Lisboa Viva não consegui a fatura de dois bilhetes comprados no Metro (tentei todos os dias durante os 5 dias do prazo e fiquei sem a fatura). Porque é que a Transtejo e o Metro não simplificam colocando a fatura na hora da compra???
  • Alexandre
    02 fev, 2017 Torres Vedras 20:01
    A questao é que o CAE por ex. da Barraqueiro vai atribuir a despesa no E-factura como outros e nao despesa escolar......continuo a nao perceber estas anunciadas alteraçoes!
  • Aleixo Carreiro Pint
    02 fev, 2017 Porto Salvo 18:44
    Há muita coisa que passa ao lado do Fisco. Quando a dª Manuela Ferreira Leite como ministra das Finanças, fui pedir-lhe uma audiência com o intuito de lhe apresentar um projecto muito vantajoso para o cidadão, país, governo. Apenas fui informado que o meu pedido tinha sido enviado para Sua Ex.ª Secretário de Estado do Tesouro. Sabem o que isto deu origem? Sabem. Compras de carros a quem pedisse facturas das suas despesas. Mais. Para quem não é de memória curta, na transição do 1º governo para o 2º. ao sr. Professor Cavaco Silva fiz duas perguntas na entrevista transmitida na SIC com o sr. Antº. Jacinto Carneiro, cuja resposta, nada foi dito. Todo o mundo sabia que as mercadorias a circular em Portugal com respectivas guias, era uma farsa e continua. Que pagou a ponte Salazar? Utilizador, pagador. Certo? Quem paga uma das melhores redes de auto-estradas da Europa? A classe média portuguesa em vias de extinção. Que voltas levaram as reservas de ouro portuguesas? Afinal que brincadeira é esta da democracia?

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