26 dez, 2016 - 22:53
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As elites de Portugal tratam os angolanos como se ainda “fosse escravos”, acusa o editorial de Natal do “Jornal de Angola”.
“Quarenta e um anos depois da independência de Angola, as elites portuguesas continuam a tratar-nos com má educação, como se ainda fôssemos seus escravos”, escreve o director José Ribeiro.
O jornal controlado pelo Estado angolano critica a “forma execrável “ como Portugal actuou no caso do activista Luaty Beirão, que foi condenado por alegadamente preparar uma rebelião em Luanda.
O músico luso-angolano acabou amnistiado, mas o editorial considera que “tinha como fim último mobilizar forças para a realização de actos de violência e de terrorismo muito semelhantes aos praticados em Paris, Nice, Berlim”.
Ainda sobre Luaty Beirão, que recentemente visitou a Assembleia da República em Lisboa, o “Jornal de Angola” considera que “as punhaladas portuguesas são históricas”.
O director do diário critica, em particular, a deputada socialista, Isabel Moreira, que na Assembleia da República denunciou o governo do Presidente José Eduardo dos Santos como uma “ditadura brutal”.
O editorial também responsabiliza uma construtora portuguesa de estar na origem de uma epidemia de febre-amarela, que provocou mais de 300 mortos, por ter “vedado com alcatrão toda a rede de esgotos, sarjetas e valas de drenagem das ruas” de Luanda.