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António Costa. Educação e conhecimento são a “melhor prenda”

25 dez, 2016 - 21:00 • Eunice Lourenço

Primeiro-ministro faz defesa da escola pública na mensagem de Natal gravada num jardim-de-infância.

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Educação e conhecimento são a “melhor prenda”, diz primeiro-ministro
Educação e conhecimento são a “melhor prenda”, diz primeiro-ministro

O cenário da mensagem de Natal deste ano do primeiro-ministro colocou-o numa sala de um jardim-de-infância, com desenhos e colagens de Pais Natais e uma árvore em papel. A escolha do cenário foi feita em função do tema: António Costa dedica praticamente todos os cinco minutos da tradicional mensagem a falar de educação, fazendo a defesa da escola pública e da ligação entre conhecimento e crescimento económico.

“Tal como no Natal, as crianças têm de estar todos os dias no centro das nossas preocupações e a sua educação tem de ser a primeira das nossas prioridades enquanto famílias e enquanto sociedade”, começa por justificar o primeiro-ministro, para quem a “melhor prenda” que se pode dar a filhos, sobrinhos ou netos é o acesso à educação e ao conhecimento.

Costa lembra que as crianças que frequentam o ensino pré-escolar têm mais sucesso escolar, que os jovens que andam no ensino profissional têm mais oportunidades de ter um emprego qualificado e que quem chega ao ensino superior terá mais acesso a um trabalho melhor, recordando dois objectivos do Governo: a generalização do ensino pré-escolar a todas as crianças a partir dos três anos e o lançamento do programa Qualifica, dirigido especialmente à educação e formação dos adultos.

“Para termos uma cidadania exigente e informada, para termos melhores empregos, empresas mais produtivas e uma economia mais competitiva, temos de investir na cultura e na ciência, na educação e na formação ao longo da vida”, afirma o primeiro-ministro, que também lembra outras medidas do Governo, como a majoração do abono de família, o novo modelo de avaliação e o programa de formação digital dirigido em especial a áreas de baixa empregabilidade.

“Não queremos que ninguém fique para trás e a escola pública é a garantia universal de uma educação de qualidade, tal como o Serviço Nacional de Saúde garante a todos o acesso a melhores cuidados de saúde”, defende António Costa, que considera que o "défice de conhecimento" é o "maior e verdadeiro défice" quando Portugal se compara com outros países europeus.

Por outro lado, continua, “foi o investimento no conhecimento que permitiu recuperar sectores como o calçado ou o têxtil, que melhorou a qualidade dos nosso produtos agrícolas e dos nossos serviços turísticos e nos abriu as portas para novos sectores como o automóvel, as energias renováveis e para as enormes oportunidades da nova economia digital”.

“É este o caminho que temos de prosseguir, continuando a formar as diversas gerações, melhorando os mecanismos de transferência do conhecimento para as empresas e a melhor forma de o fazer é aumentando os empregos de qualidade, dar confiança no futuro à geração mais qualificada que Portugal já formou e que nunca mais queremos que seja forçada a emigrar”, diz António Costa, que, no fim da mensagem, deixa ainda “uma palavra de profundo reconhecimento” aos militares, aos elementos das forças de segurança e de serviços de emergência e hospitalares e a todos aqueles que, em Portugal ou no estrangeiro, passam o Natal a trabalhar.

Comentários
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  • Alberto
    26 dez, 2016 FUNCHAL 10:56
    Pelos erros de Português e de dicção do Sr. Costa...a Escola Pública foi onde não aprendeu!
  • Jose Silva
    26 dez, 2016 Aveiro 00:12
    Senhor Primeiro Ministro Já teve tempo de aprender que, sem liberdade, não há educação, não há conhecimento (há lavagem ao cérebro), não há desenvolvimento. Não confunda serviço público de educação com ditadura estatal de (des)educação! Desça da sua ideologia à realidade do que é verdadeira cidadania!
  • Rão Arques
    25 dez, 2016 Penteado 23:08
    Olha que prenda!
  • 25 dez, 2016 22:50
    Nada mais do que o canto da sereia, retórica do "faz de conta" e de ilusão, vem ai as "Novas Oportunidades", pois não seria de esperar outra coisa se este artista de circo aprendeu com o padrinho Socretino. Se Portugal evoluísse com propaganda, por serto que seríamos um país próspero e em que todos sonhavam viver e contribuir para o bem-estar geral. Que pena isto sejam só palavras vãs de vazias de conteúdo... Abram os olhos...
  • Jorge
    25 dez, 2016 Coimbra 22:27
    "A melhor prenda" são menos desigualdades sociais, Sr. Costa, que infelizmente continuam sem que se vislumbre o seu fim!
  • JV
    25 dez, 2016 almada 21:53
    Isso é verdade, mas para obter conhecimento e educação certamente nao será eliminando exames e acreditando que fazendo provas cujos resultados nao tenham efeitos sobre a passagem de ano que levaraõ os alunos a maior dedicaçao e mais esforço no estudo, antes levará ao facilitismo e pensar que estudem ou nao o certificado de habilitaçoes está garantido.Isso é a maior falácia que podem incutir nos jovens e é dar-lhes diplomas de ignorantes.

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