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Vieira da Silva à Renascença: Desconto da TSU é "transitório" e não contraria acordos à esquerda

23 dez, 2016 - 09:26

Ministro garante que executivo mantém objectivo de ter o salário mínimo nos 600 euros, até ao fim da legislatura, e que o acordo alcançado não viola o entendimento com os partidos à esquerda.

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O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social garante que é transitória a redução de 1,25 pontos na Taxa Social Única (TSU) para as empresas no caso dos trabalhadores que recebem o salário mínimo.

O ministro garante ainda que esta redução na TSU não contraria os acordos do PS com os partidos à sua esquerda.

“Diminuições transitórias, temporárias na Taxa Social Única sempre existiram e continuam a existir. É uma realidade que existe, mas que é diferente da tal baixa generalizada, definitiva e permanente. E isso é que foi afastado do nosso programa e continua afastado", disse Vieira da Silva, em declarações ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença.

A medida é um apoio temporário para tornar "mais fácil" às empresas suportar o aumento do salário mínimo para os 557 euros, explicou o ministro.

O governante refere que esta medida assemelha-se a outras reduções da TSU em vigor, dando o exemplo de “um trabalhador jovem que num primeiro emprego seja contratado a sua entidade empregadora já hoje tem uma redução da Taxa Social Única durante três anos”.

Na quinta-feira foi alcançado um acordo para aumentar o salário mínimo dos 530 para 557 euros. Só a CGTP fica de fora por considerar que os 557 euros são "insuficientes".

Para o ministro, este acordo é um sinal “muito importante de que é possível produzir consensos em Portugal, os quais fazem parte de um caminho de recuperação económica e de recuperação social de que todos precisamos”.

Chegar aos 600 euros

Nesta entrevista, Vieira da Silva garante ainda que o Governo não desistiu de elevar o salário mínimo para os 600 euros, lembrando que essa é uma medida inscrita no programa do executivo para ser alcançada até ao fim da legislatura.

Durante as reuniões de concertação social, os patrões reivindicavam uma subida para os 540 euros, os sindicatos a pediam valores entre os 565 euros (UGT) e os 600 euros (CGTP).

Actualmente, o salário mínimo nacional é de 530 euros, devendo chegar aos 580 euros, em 2018, antes de chegar aos 600 euros, em 2019, conforme o compromisso assumido pelo Governo.

[Notícia actualizada às 13h51]

Comentários
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  • Marta Romeu
    24 dez, 2016 Alcabideche 08:42
    Será! Entâo já estavam feitos com o BLOCO e PCP e com ajuda do PS våo no Parlamento revogar a baixa da TSU mentiram aos Patrôes. A atitudes destas chama-se canalhisse.Mas com costa e este v.silva tudo é possível.
  • Petervlg
    23 dez, 2016 Trofa 12:48
    O anterior governo queria mexer na TSU o PS, PCP, BE e as centrais sindicais, foi uma chuva de criticas e agora? ao que parece estão todos de acordo. Bom natal

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