22 dez, 2016 - 21:27
A proposta de lei aprovada esta quinta-feira para as plataformas de transportes Uber e Cabify não prevê um limite máximo de veículos descaracterizados por município. Os taxistas estão contra.
De acordo com o ministro do Ambiente, a proposta de lei aprovada esta quinta-feira, em conselho de ministros, não prevê um limite máximo de veículos descaracterizados a trabalhar por município.
O presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, que ainda desconhece o texto aprovado em conselho de ministros, contesta este facto.
“Penso que isso contraria o parecer da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes e vai contra o interesse das câmaras principais, que são aquelas que vão ser vítimas se, porventura, não houver regras de contingente em Lisboa, Porto e Faro”, afirma Carlos Ramos.
“Aquilo que nós sabemos é que Faro e Lisboa querem ter uma palavra a dizer sobre os contingentes, mas vamos aguardar para depois sermos um pouco mais assertivos sobre aquilo que vamos dizer”, sublinha.
O presidente da Federação Portuguesa do Táxi sublinha ainda que os taxistas continuam a contestar o facto dos condutores ao serviço da Uber e da Cabify não estarem sujeitos a exames físicos e de saúde mental.
Do que já se conhece da proposta do Governo, é fixado um horário máximo de condução que não ultrapassa as seis horas em contínuo.
Haverá formação própria para os motoristas e os carros não podem ter mais de sete anos.
A Uber e a Cabify são plataformas online que permitem pedir carros descaracterizados de transporte de passageiros, com uma aplicação para smartphones que liga quem se quer deslocar aos operadores de transporte.