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Bebeu e vai conduzir? Dispositivo para telemóvel mede taxa de álcool

20 dez, 2016 - 11:37 • Olímpia Mairos

Dispositivo desenvolvido na UTAD. Condutor apenas terá de soprar para um sensor ligado por "bluetooth" a um "smartphone", dotado de uma aplicação que lhe dará o valor.

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A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) desenvolveu um dispositivo electrónico que, ligado a um telemóvel, permite aos automobilistas saberem - na hora - a sua taxa de alcoolemia.

O condutor apenas terá de soprar para um sensor ligado por Bluetooth a um Smartphone, dotado de uma aplicação que lhe dará tal indicação.

Este trabalho, desenvolvido no Departamento de Engenharias no âmbito do mestrado em engenharia electrotécnica e de computadores, foi realizado por Ana Patrícia Queirós Gomes, sob a orientação dos investigadores Lio Fidalgo Gonçalves e Raul Morais dos Santos.

Apresenta um alcoolímetro ‘smartwatch wearable’ complementado por uma aplicação móvel que possibilita a rápida e fácil estimativa da taxa de alcoolemia por analogia à quantidade de álcool detectado na respiração.

Os responsáveis identificam “não só a oportunidade de o condutor poder aferir a taxa de alcoolemia a qualquer hora, com a conveniência de um dispositivo ‘wearable’, mas sobretudo a importância de, através desta monitorização, poderem resultar grandes progressos na prevenção de acidentes rodoviários”.

Os investigadores pretendem que o sistema “seja portátil, de fácil manuseamento e razoavelmente discreto, de forma a ser transportado com o utilizador no seu dia-a-dia, permitindo um cómodo acompanhamento e controlo daquele que poderá ser um problema de saúde ou apenas uma situação esporádica”.

O dispositivo hardware será acompanhado por uma aplicação Android que permitirá o registo de resultados de forma discreta.

Desta forma, pretende-se que o sistema proposto represente “um passo em frente, embora ainda pequeno, no combate à mortalidade associada aos acidentes rodoviários, bem como à doença que representa o alcoolismo que faz parte da nossa realidade”.

Os investigadores realçam que o sistema final mostrou resultados “bastante consistentes e proporcionais, cuja precisão foi confirmada através da sua comparação com o aparelho actualmente utilizado pelo comando da Polícia de Segurança Pública de Vila Real”.

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  • Pedro
    20 dez, 2016 Porto 14:13
    Tive exactamente a mesma ideia há 1 ano, basta procurar um pouco e já existe o mesmo sistema implementado de maneira mais simples, interface serial não dependente de bluetooth, apenas o dispositivo a ligar ao telemóvel no tempo de utilização.

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