12 dez, 2016 - 22:58
FC Porto campeão? "Se as coisas correrem dentro da normalidade, acredito que sim". É desta forma, confiante e crente, que Pinto da Costa comenta o actual momento de um dragão reerguido das trevas em que chegou a mergulhar, numa série de jogos sem vitórias e, sobretudo, sem golos.
10 golos em três jogos - Sporting de Braga, Leicester City e Feirense - fizeram renascer a melhor versão portista, levando o presidente azul e branco a acreditar na equipa e no treinador Nuno Espírito Santo, que chegou a ser colocado por muitos adeptos na porta de saída do Dragão.
"Assobios e lenços brancos a Nuno? A mim não me incomodou nada, até me divertiu. Diziam que o treinador tinha sido despedido com lenços brancos e eu só vi um indivíduo com um lenço", atirou, de forma irónica, bem ao seu estilo, em entrevista ao Jornal de Notícias, pronunciando-se sobre aquilo que considera ser uma "contestação sem rosto".
"Amanhã posso escrever num blogue que é tempo do Bruno de Carvalho ir embora ou que o Vieira já devia ter ido. Conheço pessoas que não são sócias, sequer, e que se entretêm com essas coisas. Isso a mim diz zero. Diz-me é contestação séria. Nesta direção criei o provedor do associado. O associado que queira fazer uma crítica, pode ir ter com uma pessoa que está ligada ao FC Porto desde pequena e que, uma vez por semana, passa uma tarde no Dragão a receber pessoas e a ouvir críticas. Não me preocupa nada. O FC Porto tem um presidente que é eleito pelos sócios. Quando chega à hora de apresentar candidaturas, hibernam todos. Para mim, isso é cobardia. Usar blogues, entrevistas, fontes, isso é cobardia. Assumam-se, se acham que é tempo de mudar", salientou, frisando a recuperação desportiva do FC Porto.
"Acho que é notório que [o FC Porto] já se reergueu. Quando eu disse essa frase, "bateu no fundo", não queria dizer propriamente isso. Para nós, bater no fundo é estar fora do topo. Naturalmente que, depois de tudo o que aconteceu nas primeiras jornadas, com a eliminação do FC Porto da Taça, estar em segundo lugar, que não é o que queremos e estar na Champions, tenho de considerar que estamos muito mais perto do topo. Quando há outros que estão em grandes momentos e não estão em provas europeias, o que podemos dizer de nós? Não estamos em primeiro por fatores extra-futebol", prosseguiu.