Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

“Regresso de uma geração preparada”. Programa quer trazer de volta jovens emigrantes

13 dez, 2016 - 07:50

Associação Empresarial de Portugal estima que até agora regressou a Portugal menos de metade dos jovens que foram trabalhar para o estrangeiro.

A+ / A-

Como potenciar o regresso dos jovens que nos últimos anos deixaram o país? Durante um ano, um programa da Fundação AEP (Associação Empresarial de Portugal) quer criar condições para fazer voltar grande parte dos milhares de portugueses que emigraram por falta de opções de trabalho.

A ideia é que esse regresso seja feito com o apoio da associação, através de uma rede de várias empresas e instituições incluídas no programa “Regresso de uma geração preparada”.

“Não basta ter uma ideia. Não basta ter uma vontade. É preciso que no terreno possa haver de facto um enquadramento para o desenvolvimento dessa ideia”, diz à Renascença o presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida.

“A fundação através das suas redes e da sua actividade pode apoiar, divulgando quais são os sistemas de incentivos que existem para investir em Portugal, colocá-los, por exemplo, em contacto com toda a rede do poder autárquico no sentido de saber qual o melhor local para investir, articular também uma ligação com os centros de competências, como as universidades, e pô-los em contacto com os empresários que já estão no terreno”, exemplifica.

Pelas contas de Paulo Nunes de Almeida, mais de metade dos jovens que saíram, ainda está fora do pais.

“Sabemos que há muitos milhares de jovens que emigraram. No geral, direi que até hoje regressaram ainda menos de metade do que aqueles que emigraram mas o nosso objectivo é que de facto, no final, possa haver um número elevado de jovens, que se o entenderem, possam ter em Portugal condições para acomodar um projecto”, diz.

Paulo Nunes de Almeida lembra que Portugal é um “país que hoje é bem visto pelos investidores estrangeiros, independentemente de serem portugueses ou não”.

“Está muito no radar dos investidores que querem criar as suas empresas, normalmente inovadoras e tecnologicamente avançadas. É isso que eu acho que pode ser de facto uma mais-valia para Portugal”, remata.

Os portugueses estão a emigrar menos, mas o saldo migratório continua negativo pelo quinto ano consecutivo, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgadas em Outubro.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Carla
    14 dez, 2016 Madrid 03:44
    "Jovens". . Eu gostaría de saber qual o significado da palavra para os politicos e para a Associacao. Porque a maior parte dos emigrantes têm idade compreendida entre 35 e 50 anos, e a principal causa da sua saida do país é a falta de emprego para esta faixa etária. No nosso país somos considerados VELHOS e as oportunidades são nenhumas e somos grandes cérebros/génios que estão a ser rejeitados pela sociedade empresarial e política. Que oportunidades vamos ter num futuro no nosso país de origem ?. . Desemprego de 3 anos e até aos 66 para a reforma vivemos de quê ? Creio que continuam equivocados com o projecto.
  • e o Passos Coelho?
    13 dez, 2016 lis 17:27
    Sabe disto?...Quando regressarem chama-os à AR para se explicarem e volta a pedir-lhes que saiam da zona de conforto, não sejam piegas e irem novamente ganhar "currículo"! Ele ficará por cá!...
  • António Pais
    13 dez, 2016 Lisboa 14:10
    Vai ser por decreto ou vontade divina??? Com esta geringonça não vamos lá!!! #renovarportugal
  • Joao
    13 dez, 2016 Londres 13:50
    Não vai ser qualquer programa que trará de volta profissionais que conquistaram o sucesso que aqui nunca lhes permitiram. Baixem os impostos sobre trabalhadores e empresas, cortem na gordura estatal, reformatem os recibos verdes para que jovens ambiciosos os prefiram a trabalhar como efetivos (como em Londres em que o salário acaba por ser o dobro) e só com o desejo dos profissionais de constantemente conseguir melhor é que haverá um refrescamento da produtividade nacional e aumento progressivo de salários. Uma razão para não voltar? Basta ler e ouvir a quantidade de pessoas que atribuem as culpas ao governo anterior e que agora é que as coisas estão bem. Se circo, jogos de espelhos e pão permitem tão facilmente iludir a maioria dos conterrâneos? Um aumento do petróleo, um downgrade da dívida do (único) banco que não nos cataloga como lixo e o programa do FMI deixar de nos emprestar dinheiro, uma crise na China, um espirro do mundo e o nosso país apanha uma pneumonia e volta à 4a banca rota provocada pelo mesmo partido do 'vamos fingir que está tudo bem' .
  • Soldier
    13 dez, 2016 Carrazeda 13:24
    Depois de muitos anos a estudar afincadamente não estou para voltar a Portugal e ganhar pouco mais que o salário mínimo.
  • Soldier
    13 dez, 2016 Carrazeda 13:20
    Trabalhei numa conhecida empresa de estudos de mercado em que o director adjunto nem um curso da treta de psicologia tinha conseguido tirar e estava a ganhar €6000 por mês. Aos licenciados alguns com mestrado (basicamente a "geração preparada" de que fala a notícia ) alguns nem 1/10 disso ganhavam. Boa sorte a tentarem trazer os cérebros de volta. Bem vão precisar dela.
  • Francisco António
    13 dez, 2016 Lisboa 12:18
    Voltar ? Para ganhar uma miséria ? Enquanto as empresas funcionarem sobre a lógica do patrão e não de empresário, não vale a pena !| Depois de queimarem as pestanas, tido a experiência Erasmus e integração em empresas organizadas...nem para Boliqueime !!!
  • Augusto
    13 dez, 2016 Viseu 12:10
    A Associação Empresarial de Portugal, nome pomposo, que serve para dar algum protagonismo aos seus dirigentes, parte de um princípio errado. Os jovens "altamente preparados" que emigraram, não são assim tantos como nos querem fazer crer. Aventaram-se números de centenas de milhar quando os dados não apontam para isso. Mas, partindo do princípio de que é verdade, porque razão deveriam esses jovens regressar ? O que se alterou em Portugal que permita dar-lhes um futuro melhor ? Nada. Há mais oferta de emprego qualificado e não precário ? Não ! Há melhores salários ? Não. Só os burros ou quem está mal no estrangeiro regressa. Deixem de enganar a malta nova.
  • DEMAGOGIA POPULISMO
    13 dez, 2016 Lx 11:49
    Portugal sempre foi um país de onde muitos saem pois é um país atávico, sem dimensão, sem massa crítica que vive sustentado na ditadura dos partidos, no amiguismo, no clientelismo politico partidário, nas famílias do regime e tudo isto é a razão ancestral do nosso atraso. Aqueles que saem são os melhores e que não estão à espera dos favores dos partidos, do emprego no Estado tentacular e nos esquemas dos partidos . Tenho membros da minha família que foram para Inglaterra e estão felizes e não voltar pois o país nada tem para lhes oferecer a não ser greves, bancarrota, corrupção e demagogia da nossa classe política que suga o que as pessoas produzem para alimentar os esquemas, a corrupção, os partidos, os amigos e as empresas envolvidas com os partido.Portugal tornou-se( ou terá sido sempre...) um "sitio mal frequentado" em que os melhores deram novos mundos ao mundo. Agora temos um Presidente da República sempre em Festa e um governo de mentira, demagogo, pantomineiro que não tem uma visão estratégica para o país mas apenas navegar à vista para sobreviver encostado ao poder e aquilo que este lhes dá: dinheiro e poder... Quem vai pagar estes desmandos serão os nossos filhos e netos lamentavelmente pois que os direitos adquiridos ninguém toca.São vacas sagradas protegidos por outras vacas sagradas do Tribunal Constitucional.
  • Alvaro
    13 dez, 2016 Holanda 11:47
    Sinceramente, isso nao e o suficiente. Eu vivo na Holanda ha cinco anos e nao faco a minima intencao de regressar a Portugal. E nisto aproveito para exclarecer as minhas razoes: 1 - O problema nao e as empresas mas sim os governos que delegam regulamentos que nao ajudam as empresas; 2. Nao ha a cultura de "vou fazer sempre os possiveis para ajudar o meu pais e economia". Pra isso trabalharei arduamente nem que seja 12 horas/dia. Em vez disso o que mais se encontra e " se eu nao o fizer, alguem o fara"... 3. Este governo e outros que virao a seguir nao garantem sustentabilidade economica, andam sempre no fio da navalha. Ate hoje ja tivemos 2 vezes o FMI em Portugal e mais virao; 4. A questao motivacional e muito deixada ao aquem. O bom empregado tem de ser sempre motivado e recompensado; 5. A nao partilha de informacao entre todos. Quanto mais conhecimento tem todos os activos trabalhadores mais forte se torna a nossa economia. Em vez disso, toda a gente esconde informacao com medo da concorrencia; 6. Portugal nao da garantias de nada no futuro. Que vale de mim descontar para uma pensao de reforma se antecipo que a reforma terninara antes de 2040. Nao temos suficientes activos para a sustentabilidade do sistem de pensoes; 7. As desigualdades entre ricos e pobres, terrivel rpoblema. 8... 9... Por mim, nao da

Destaques V+