09 dez, 2016 - 15:42
O político holandês Geert Wilders, que algumas sondagens apontam como favorito às eleições do próximo ano, foi condenado esta sexta-feira por discriminação contra a comunidade marroquina.
É a primeira vez que o polémico líder do Partido da Liberdade é repreendido pela justiça pelas suas posições sobre imigrantes e anti-Islão.
Apesar da condenação, Geert Wilders não recebeu qualquer pena de prisão nem foi multado pelas suas palavras.
Geert Wilders, que vive sob protecção policial 24 horas por dias, acusa o tribunal de não ser imparcial e já disse que vai recorrer de uma sentença que considera “completamente louca”.
Num vídeo publicado na internet, garantiu que ninguém o vai calar e que a condenação não passa de uma tentativa de “neutralizar o líder do maior e mais popular partido da oposição na Holanda”.
O Presidente do colectivo de juízes, Hendrik Steenhuis, disse que “ninguém está acima da lei”, incluindo os políticos. Geert Wilders insultou um grupo inteiro de pessoas, sublinhou.
“Se um politico passa das marcas, isso não significa restringir a liberdade de expressão. Um crime não pode ser protegido pelo direito à liberdade de expressão”, argumentou o juiz.
O caso remonta a 2014. Durante um comício, um grupo de apoiantes que gritava “menos marroquinos na Holanda” e o deputado garantiu: “nós vamos tratar disso”.
A condenação de Geert Wilders acontece a escassos meses das eleições legislativas na Holanda, que estão marcadas para 15 de Março do próximo ano.