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Director da PJ quer concentrar investigação da corrupção

09 dez, 2016 - 14:50

A "realização da investigação do inquérito crime deve, preferencialmente, ser feito pela Polícia Judiciária", defende o director nacional da PJ, Almeida Rodrigues.

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O director nacional da Polícia Judiciária (PJ) defende que a investigação dos crimes de corrupção deve ser realizada integralmente pela PJ.

"Nós respeitamos as decisões do Ministério Público, mas obviamente que eu gostaria que todos os crimes de corrupção fossem investigados pela PJ", disse Almeida Rodrigues, esta sexta-feira, à margem da conferência "O combate à fraude e à corrupção", em Lisboa.

Almeida Rodrigues acrescentou que, embora todos devam combater a corrupção, a "realização da investigação do inquérito crime deve, preferencialmente, ser feito pela Polícia Judiciária".

"O que posso dizer é a confiança que tenho na PJ, no seu saber alicerçado numa boa prática de décadas e também no recurso às técnicas especiais de investigação, que são necessárias e que eu advogo, na esteira do que foi consagrado na Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, nomeadamente acções encobertas, gravação de conversações entre presentes, e entregas controladas."

Para Almeida Rodrigues, é "fundamental" que no combate à corrupção se use toda a panóplia de meios e de técnicas que permitam investigar o crime grave, violento e organizado.

"Isto é, todas as ferramentas e todos os instrumentos jurídicos que são usados no combate ao crime transnacional devem ser usados no combate à corrupção, é isso que estamos a fazer e é precisamente por isso que estamos a prender um corrupto de três em três dias", disse o director da PJ, acrescentando que em 11 meses aquela polícia deteve 119 pessoas suspeitas de corrupção.

"Cento e dezanove detidos no espaço de 11 meses significa que de três em três dias detivemos um suspeito pelo crime de corrupção", concluiu.

Comentários
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  • Luis
    09 dez, 2016 Lisboa 21:27
    Para que se seja agente de jogos da SCML a lei impõe concursos e seleções. O DJSCML algumas vezes concede "agênciamentos" sabe-se lá porquê a alguns amigos sem que se tenha verificado quer os concursos quer as selecções que a a lei impõe. O Ministerio Publico perante as denuncias de tais acontecimentos arquiva os processos de investigação ((?) com o argumento de que não se verificou qualquer ilegalidade. Estranhos são os designios e os conceitos que o Ministerio Publico tem do que é combate à corrupção. Se em causa estiver uma acto de um cidadão comum o MP é implacável, se estiver em causa uma Instituição publico as coisas piam mais fino. As Instituição em Portugal para além de não combaterem a corrupção dentro delas protegem-se umas às outras. Muitas vezes fica-se com a sensação de que muita da legilação que existe foi imposta pela EU mas que não é para cumprir.
  • Luis
    09 dez, 2016 Lisboa 21:09
    E muitos mais poderiam prender se não fossem os criterios extranhos do MP. Se um funcionário camarário conceder ilegalmente uma licença de construção a um construtor o MP apesar da prova de ilegalidade não considera tal como um acto de corrupção. Houve uma ilegalidade que se transformou num favorecimento ilicito mas como não há prova de acto de corrupção tudo como dantes em Abrantes. Ou seja, para o MP há almoços gratis. Ninguém no MP pergunta ao tecnico qual a razão por concedeu uma licença ilegal ao construtor. Isto acontece na CMO. Só com os construtores porque o cidadão até para colocar um pequeno toldo tem que cumprir tudo o que a lei impõe que não é pouco. O Presidente da Câmara por sua vez para proteger os seus parceiros ignora as denuncias feitas pelos cidadãos. O combate à corrupção não passa de uma treta.

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