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Greve nos aeroportos. País não pode estar "refém de interesses corporativos"

09 dez, 2016 - 11:59

Empresários de Turismo estão preocupados com as consequências do protesto. Numa situação semelhante, no Verão, as agências terão gasto mais de um milhão de euros a ressarcir clientes.

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A Associação de Agências de Viagens e Turismo está muito preocupada com as greves anunciadas no período entre o Natal e a Passagem de Ano.Os trabalhadores da segurança dos aeroportos anunciaram uma paralisação para os dias 27, 28 e 29 de Dezembro. Já os funcionários de handling prometem uma decisão para dia 26 sobre uma nova greve.

Pedro Costa Ferreira lamenta que o país esteja refém de interesses cooperativos. O presidente da Associação de Agências de Viagens fala em efeitos devastadores. “Estamos muito, muito preocupados com a ideia de que o país pode ficar refém de um poder corporativo para quem poupou dinheiro durante todo o ano para ir passar o Natal com a família ou fazer umas férias. Vamos fazer todos os esforços para resolver o problema. Se algo de parecido com o que aconteceu em Agosto acontecer em Dezembro pode ser destruidor dos resultados do sector.”

Este responsável diz que está em risco a confiança no sector e pede bom senso, para que se alcance um acordo. A nossa preocupação com o consumidor é muito grande. A confiança do mercado é muito importante. Espero que haja bom senso de ambas as partes.”

O presidente da APAVT - Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo está muito preocupado com os efeitos da greve do pessoal de segurança dos aeroportos, anunciada pelo SITAVA para 27, 28 e 29 de Dezembro.

Em entrevista à Renascença Pedro Costa Ferreira que "é devastador que um país fique refém de interesses corporativos. E considera que esta greve pode destruir tudo o que se conseguiu para o sector durante este ano. Por isso, garante que a APAVT irá fazer todos os esforços e dar o seu contributo para que as partes se entendam e a greve não se concretize. Espera também bom senso de todas as partes envolvidas."

Na sequência da greve dos trabalhadores da segurança dos aeroportos, que pertencem à SECURITAS e à PROSEGUR, milhares de pessoas perderam as suas viagens em Agosto deste ano. As agências filiadas na APAVT decidiram ressarcir os seus clientes através de vouchers que podem ser usados no prazo de um ano. Uma decisão que custou mais de meio milhão de euros às agências de viagens.

Comentários
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  • Veterano
    12 dez, 2016 Sacavem 17:05
    A decisão dos grevistas representa um acto de sabotagem econó mica, tendo em conta a época do ano. Como dirigente Sindical que fui nunca aceitaria numa altura destas em que o País está a tentar recuperar do PREC da direita pactuar com o descalabro econômico. Tenham juízo e aprendam a negociar.
  • Marco Almeida
    09 dez, 2016 Olhão 18:42
    Oh Só Tretas, o mal dos vencimentos é geral, quem n=:ao tiver bem que se mude, agora não têm é o direito de andar a tramar a vida dos outros sempre que lhes apetece fazer uma grevezinha por dá cá aquela palha. Sintam-se felizes porque ainda têm trabalho.
  • Barbeiro
    09 dez, 2016 Braga 16:27
    Eu sou contra qualquer greve ou forma de protesto. Quem não está bem muda. Já mudei de profissão, de marceneiro para motorista de pesados, já mudei de País para que a minha actividade profissional, fosse mais rentável, não sei se para por aqui. Com 55 anos de idade, só fiquei 2 meses sem trabalhar por ficar sem carta de condução, por bom compurtamento, excesso de velocidade. Agora espero que não voltar a ficar sem o respectivo documento. Se voltar à acontecer, garanto não procurar emprego, vou gozar férias.
  • Simão Oliveira
    09 dez, 2016 MAPUTO 14:57
    Sou emigrante. Sei que o direito à greve é um direito de um estado de direito...mas gostaria de colocá-los na seguinte situação: Façam a greve com a condição que nenhum dos grevistas passará o natal com a família... Nada mais tenho a dizer...
  • ó ana
    09 dez, 2016 lx 14:47
    da Amadora! Isso é ignorancia ou má fé?...Eventualmente as duas coisas que se somam!
  • 09 dez, 2016 14:38
    Sr. Martins temos pena, se n sabe do que se trata dos direitos que nos lutamos então cale se, n Opine, e n viagem nesses dias corre o risco de comer o bacalhau no aeroporto! Fica em casa gozando da reforma churuda que deve de ganhar! Boas festas
  • Susana
    09 dez, 2016 Vale de Cambra 14:23
    Tanta greve já mete nojo! Há tanta gente a passar necessidades e até fome, que precisa de emprego! Tudo bem que cada um lute pelos seus "direitos" ou interesses, seja o que for, mas que arranjem formas dignas de o fazer, ou será que prejudicar tanta gente lhes dá pica???!!! Esta gente não se lembra que se o pessoal não viajar, não há trabalhinho para ninguém?! Pois... lixe-se quem contribui para os salários dos grevistas, pois claro! Sou a favor do bom senso, que deve sempre imperar, por isso, apelo à inteligência, e não ao egoísmo, de todos os que fazem greve, sem pensar nas consequências que podem afetar tanta gente. Boas festas!
  • Só tretas
    09 dez, 2016 LX 14:06
    Para quem não sabe ou faz que não sabe, um vigilante que trabalhe de 2a a 6a feira recebe limpos 550€ 126€ em tickets. Se fizer turnos leva mais 70E!!! uau !!!! Agora se os ilustres que comentam aqui acham muito , força venham para a vigilancia privada que é um trabalho muito bem pago! E para não falar não condições miseráveis de trabalho...
  • Ana
    09 dez, 2016 Amadora 13:49
    Interesses coorporativos? 1. A tap devia ser privada, nao e porque o novo governo reverteu essa privatizacao. 2. E entao os das alfandegas? Nao estivemos refens dos interesses de meia duzia durante meses, repito MESES, so porque nao sabem conviver num mercado com concorrencia? Mais exemplos? Os taxistas, o metro, a carris, a cp, nao senhor, ninguem esta refem de interesses coorporativos, esses nao fazem greve, mas temos o pais todo refem dos interesses dos sindicatos comunistas que defrndem unica e simplesmente os funcionariis publicos que apesar de nao produzirem qualquer tipo de riqueza para o pais, ainda prejudicam todos aqueles que querem trabalhar e tem que levar com as greves. Ja para nao falar do grande educacao democratica desta gente que nao respeita quem nao se identifica e nao quer fazer greve, que geralmente e maltratado apupado e agredido por nao lhes ser dado o direito que têm de nao querer fazer greve. A igualdade de direitos e muito relativa.
  • Carlos Gonçalves
    09 dez, 2016 Seixal 13:47
    Para o senhor Arménio Gomes Pinto e o senhor Martins: Se a greve fosse feita em dias mortos não teria qualquer impacto. Vocês ainda têm uma maneira de pensar e ver a sociedade à luz do que acontecia muiiiiiito antes do 25 de abril... Abram a vossa mente porque se houvesse mais gente a lutar pelos seus direitos e a insurgir-se contra determinadas políticas de certeza que este país estava bem melhor!!

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